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1 DE JULHO DE 2022

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O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — A Sr.ª Ministra da Saúde tem tido responsabilidades diretas na

gestão do SNS nos últimos sete anos. É incontornável reconhecer que as políticas de saúde do Governo

falharam e que a visão do Partido Socialista para o SNS está errada. É preciso mudar, é preciso reformar.

Se não se mudar o rumo do Serviço Nacional de Saúde, então, todas as aspirações de, no futuro, termos

um serviço universal de saúde, uma saúde para todos, cairão por terra.

Sempre que acontecem situações graves no SNS, ninguém é responsabilizado, nada de fundamental é

alterado. Na saúde, tal como em todas as áreas ministeriais, acontece o mesmo: sempre que há uma crise ou

um problema, o Governo limita-se a criar mais uma comissão, mais um grupo de trabalho, mais um inquérito.

Aplausos do PSD.

Comissões, grupos de trabalho, inquéritos que não dão em nada! É areia para os olhos, para ver se o tema

muda nos jornais do dia a seguir.

Este Governo nunca apura responsabilidades por nada. A ausência de consequências pelas graves falhas

de planeamento que levaram ao caos nos serviços de urgência é apenas o exemplo mais recente.

Não basta pedir desculpa, Sr.ª Ministra, é preciso agir.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Nem isso pede!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Sinceramente, aquilo a que temos assistido é tudo menos

governar. É a política do «deixa andar», à conta da saúde dos portugueses. Não há, sequer, a humildade para

perceber o que falhou e, como tal, nada de essencial muda. Continua tudo na mesma.

Se o Governo não vê a gravidade da situação que se vive na saúde do nosso País, como cidadão, deixo

um apelo aos Srs. Deputados do Partido Socialista: não se limitem a defender cegamente o vosso Governo e

a fazer afirmações apaixonadas pelo Serviço Nacional de Saúde. E não precisam de acreditar em mim. Peço-

vos o favor de, ao regressarem aos vossos distritos, às vossas regiões, ouvirem o povo. Ao falarem com as

pessoas vão chegar à mesma conclusão.

O SNS está a afundar-se e precisa, com urgência, de quem defenda as necessárias mudanças,

começando em cada um de vós, enquanto Deputados de uma maioria absoluta. O SNS está, de facto, a

afundar-se e, tal como o Titanic, o Governo é a orquestra que nos dá música enquanto o navio se afunda.

Aplausos do PSD.

Por isso, mais uma vez, peço aos Deputados do Partido Socialista: não se juntem a essa orquestra e

honrem o vosso mandato enquanto representantes do povo.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Ah!…

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Exijam mais do vosso Governo.

Aplausos do PSD.

Devo dizer que o PSD está sempre disponível para contribuir para as reformas essenciais para o nosso

País.

O líder da bancada do Partido Socialista, o Deputado Eurico Brilhante Dias, afirmou que, para haver um

diálogo com o maior partido da oposição — o Partido Social Democrata — sobre as reformas da saúde, o PSD

tinha obrigação de dizer em que é que divergia do Partido Socialista.

Já o fizemos múltiplas vezes, mas aceitamos, mais uma vez, o repto. O PSD propõe que se deve

assegurar de imediato um médico para todos os portugueses que não têm médico de família atribuído. A Sr.ª

Ministra não se compromete com prazos para nada. Discordamos do Governo.

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