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1 DE JULHO DE 2022

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Mas também não seremos nós a negar que o Serviço Nacional de Saúde precisa de reformas. Nós

concordamos que precisa de reformas. Essas reformas estão no Programa do Governo, essas reformas foram

ontem, e ao longo dos últimos dias, anunciadas pela Sr.ª Ministra da Saúde, essas reformas estão no Plano de

Recuperação e Resiliência.

E questiono de volta: mas a reforma dos cuidados de saúde primários, que pode, como foi ontem

anunciado durante a audição regimental, resultar numa valorização de até 60% dos médicos em vagas

carenciadas, não é uma reforma estrutural?! Um investimento de 90 milhões de euros, ao contrário do que

disse o Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo, na construção de unidades de proximidade, na constituição

de 40 equipas de proximidade de saúde mental, não é uma reforma estrutural?!

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Claro que é!

Protestos do PSD e do CH.

O Sr. Miguel dos Santos Rodrigues (PS): — Mais 38 mil profissionais de saúde no Serviço Nacional de

Saúde não é uma reforma estrutural?!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Onde?! São só números!…

O Sr. Miguel dos Santos Rodrigues (PS): — Sr. Deputado, poderá não ser a reforma estrutural que os

senhores querem, mas a reforma estrutural que os senhores querem, de facto, resume-se numa palavra.

Quanto à recomendação que nos fez, de que, quando voltássemos aos nossos círculos eleitorais,

ouvíssemos o povo, Sr. Deputado, ouvimos o povo com muita clareza no último dia 30 de janeiro, e é

precisamente isso que estamos aqui a fazer, a traduzir essa vontade.

Aplausos do PS.

É por isso, Sr. Deputado, que coloco a seguinte questão: estão os senhores disponíveis para abandonar

esta rota de erosão da vossa relação com o Serviço Nacional de Saúde, valorizando os seus profissionais?

Nós sabemos bem aquilo que queremos para o Serviço Nacional de Saúde: um Serviço Nacional de Saúde

que é mesmo para as pessoas, para as pessoas que precisam dele e, também, para as pessoas que lá

trabalham.

Neste mês e no próximo mês de novembro, os finalistas de Medicina farão a sua prova nacional de acesso,

o maior desafio académico das suas vidas, que eu sei que o Sr. Deputado conhece muito bem. Depois disso,

terão de fazer uma escolha: se têm um Serviço Nacional de Saúde que é apenas uma oportunidade formativa

ou se têm um Serviço Nacional de Saúde que é uma formação para toda a sua carreira, para toda a sua vida.

Nós não temos dúvidas do caminho, Sr. Deputado. Pergunto-lhe é qual é o caminho que o PSD quer

seguir.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Sr. Presidente, agradeço ao Sr. Deputado Miguel Santos

Rodrigues pelas questões suscitadas.

Sr. Deputado, fala nos recém-licenciados, estudantes de Medicina, que vão fazer o exame da

especialidade e que querem encontrar um Serviço Nacional de Saúde que esteja à altura, e é essa a nossa

preocupação, mas é sob a vossa liderança que os profissionais estão a fugir, que os jovens estão a fugir, e

não é só do SNS, estão a fugir do País.

Aplausos do PSD.

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