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8 DE JULHO DE 2022

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sabiam que era assim?! Então, agora, o Governo vem dizer que a inflação veio para ficar e, na altura, era algo

transitório e conjuntural?! Quem é que os senhores queriam enganar?!

Quando falamos da importância de aumentar os salários, fazemo-lo precisamente porque o papel do Estado

não é o de subsidiar os lucros dos grupos económicos, é o de assegurar justiça fiscal, justiça social e poder de

compra, para que a economia nacional seja dinamizada.

Aplausos do PCP.

Quando falamos disso, é natural que haja quem esteja preocupado com as borlas fiscais para os mais ricos,

mas nós queremos mesmo que haja justiça e desenvolvimento e que os trabalhadores tenham os seus salários

justamente aumentados.

Aplausos do PCP.

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Qual é o país em que funciona o comunismo?!

O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Vá lá! Digam um!

O Sr. Presidente: — Para abrir o debate, do lado do Governo, tem a palavra a Sr.ª Ministra do Trabalho,

Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

A Sr.ª Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (Ana Mendes Godinho): — Sr. Presidente,

Sr.as e Srs. Deputados, Caros Colegas do Governo: Estamos aqui, a requerimento do PCP, para debater um

tema que é evidentemente fundamental para o nosso País e para todos nós.

Os tempos são mesmo exigentes. Não tivéssemos agora uma guerra ilegítima, incompreensível e

injustificada, como aquela que vivemos com a invasão da Ucrânia, e não estaríamos a viver a situação que

temos hoje, com os desafios que se colocam a Portugal, à Europa e ao mundo no seu todo.

Depois de dois anos de pandemia e agora com esta guerra, vivemos perturbações que impactam a nossa

sociedade e a nossa economia, com constrangimentos evidentes nas cadeias de abastecimento, com a

escassez progressiva de matérias-primas e com o aumento também da inflação importada.

O Governo está bem ciente da exigência e das dificuldades que todos atravessamos e está bem ciente das

suas responsabilidades do passado, de agora e do futuro.

O Governo tem estado sempre ao lado dos portugueses, dos trabalhadores, das famílias e das empresas.

Aliás, esta devia ser a linha condutora de qualquer política pública, independentemente da orientação política

de cada Governo.

Só há verdadeiramente desenvolvimento se este for inclusivo. É nisto que acreditamos e é isto que fazemos,

sendo por isso que, em democracia, a melhoria das condições de vida, a igualdade de oportunidades, a eficácia

das políticas sociais e o combate à pobreza, à exclusão social e às desigualdades são a primeira prioridade. E

são também a primeira prioridade deste Governo para o nosso País, um País progressista, inovador no

desenvolvimento social, com instrumentos para que todas as pessoas, repito, todas as pessoas e não só

algumas, independentemente da sua origem, tenham condições para uma vida digna, integrada e realizadora.

Todas, sem exclusão! Esta é a nossa missão.

Aplausos do PS.

A pandemia deu-nos a todos muitas lições. Mostrou-nos que é cada vez mais necessário atuar em duas

dimensões de forma permanente: uma dimensão de resposta imediata a situações atípicas, de emergência e de

urgência, e uma dimensão de reformas e investimentos estruturais para responder às exigências do presente e

à construção do nosso futuro coletivo.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Governo tem tido sempre uma ação dialogante, construtiva e de

ação permanente, no terreno, com resultados. Temos estado sempre na linha da frente, junto dos portugueses,

junto das famílias, junto dos trabalhadores e junto das empresas.

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