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21 DE JULHO DE 2022

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fundos, dada a enorme burocracia ou, então, dadas as contingências de bloqueios e restrições para certas e

determinadas empresas no acesso ao concurso.

O Sr. Miguel Matos (PS): — E as soluções? Não têm ideias, não têm soluções!

O Sr. Filipe Melo (CH): — O Sr. Primeiro-Ministro sugeriu que as empresas deviam, nos próximos quatro

anos, aumentar, em 20%, os salários dos seus colaboradores, mas esqueceu-se de dizer que vai baixar a carga

fiscal para que essas empresas possam aceder a esse seu desiderato, seu e do seu Governo.

Sr. Primeiro-Ministro, este é o País onde nós vivemos, não é o País onde o senhor vive.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento, em nome do Iniciativa Liberal, tem a palavra o Sr.

Deputado Rui Rocha.

O Sr. Rui Rocha (IL): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, o

senhor dirigiu-se à oposição desta Assembleia, falando de «falar, falar, falar…». Vou dar-lhe alguns exemplos

do que é, realmente, «falar, falar, falar…».

Primeiro exemplo, a maior reforma da floresta «desde o tempo de D. Dinis», disse Capoulas Santos — falar,

falar, falar…

«Acabou o tempo da política» — António Costa, em 2017. Falar, falar, falar… Mais falar, falar, falar.

Chave na Mão – Programa de Mobilidade Habitacional para a Coesão Territorial, para deslocar pessoas dos

centros urbanos para o interior. O resultado do programa Chave na Mão? Zero aderentes! Falar, falar, falar…

Programa de Incentivos à Fixação de Trabalhadores do Estado no Interior. Resultado? Dez adesões até abril,

quatro ou cinco para Abrantes e quatro em teletrabalho. Falar, falar, falar…

O Sr. Primeiro-Ministro está a falhar no que diz respeito ao interior e à gestão da floresta, da mesma maneira

que tem falhado na saúde e na educação, da mesma maneira que vai falhar e continuará a falhar no

financiamento do ensino superior e da mesma maneira que está a falhar na segurança social relativamente a

prestações essenciais aos mais frágeis.

Gostaria de ajudá-lo a não falhar outra vez, porque o Sr. Primeiro-Ministro disse há pouco tempo que temos

de reintroduzir riqueza na floresta e é verdade, é preciso reintroduzir riqueza na floresta. Mas não pode ser

apenas falar, falar, falar. Portanto, vou apresentar-lhe três ou quatro medidas concretas que poderiam

reintroduzir riqueza na floresta.

Desde logo, a estratégia para a água: armazenamento, distribuição, eficiência e, também, dessalinização. É

preciso trabalhar numa estratégia séria para água e não chegam as promessas que têm sido feitas. Trata-se de

concretizar uma estratégia para a água.

Depois, a contratualização do serviço de quem gere a paisagem. Este tem de ser contratualizado e tem de

ser incentivado. A seguir, a criação de um mercado de carbono que compense quem contribui para a captura

de carbono.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Estamos de acordo!

O Sr. Rui Rocha (IL): — Estamos de acordo? De acordo, para quem captura o carbono.

Depois — tenham calma —, a desoneração da transmissão da propriedade rural.

São quatro medidas concretas para que o Sr. Primeiro-Ministro não seja outra vez, daqui a três anos,

apanhado a falar, falar, falar.

Está o Governo, de uma vez por todas, disponível para avançar com medidas concretas que podem

dinamizar o interior e permitir uma gestão adequada da floresta?

Fica a pergunta, Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do IL.

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