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21 DE JULHO DE 2022

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O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sim, em Odivelas, mas a extrema-esquerda fica calada. Sabem porquê? Porque

não foi um Bruno Candé, foi um militante do Chega que foi morto por um gangue, um gangue que ainda anda à

solta. Existe insegurança em Portugal, embora o Sr. Ministro queira dizer que não.

Posso também falar dos roubos de alfarroba no Algarve, onde uma etnia tão protegida pelo Governo do PS

continua a praticá-los e nada lhe acontece.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Uma etnia protegida?! O que é isso?!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Relativamente aos incêndios, o Sr. Primeiro-Ministro remeteu a culpa para os

portugueses comuns. As suas declarações foram quase lamentáveis. Então e o Estado? Os terrenos que o

Estado tem à sua responsabilidade? O que é que o Estado tem feito? Vejam o que aconteceu, em 2017, no

Pinhal de Leiria e veja-se como está o Pinhal de Leiria, neste momento: tudo continua igual.

Depois, também ouvimos o Sr. Ministro da Administração Interna dizer que 70% dos incêndios são por

negligência e 13% são de origem criminosa. Apenas 13% de origem criminosa quando a maior parte dos

incêndios começam às 2, às 3, às 4 ou às 5 horas da manhã?! Bom, se estes não são de origem criminosa,

então não sabemos quais serão.

O Sr. André Ventura (CH): — Muito bem!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Relativamente à corrupção, e para terminar, muito rapidamente, o que é que o

Sr. Primeiro-Ministro tem a dizer sobre as seguintes notícias? «SIRESP. Concurso não respeita regras da

concorrência, acusa ex-presidente». Sabe o que aconteceu? O seu partido, o Partido Socialista, impediu que

esta senhora viesse à Comissão prestar esclarecimentos. É isto que é o Partido Socialista!

«Irmã de governante faz negócios com SIRESP». O que é que o Sr. Primeiro-Ministro tem a dizer sobre isto?

«Ministério Público acusa ex-secretário de Estado e ex-presidente da Proteção Civil no caso das golas

inflamáveis», as famosas «golas» de Eduardo Cabrita. O que é que o Sr. Primeiro-Ministro tem a dizer sobre

isto?

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento, em nome do Iniciativa Liberal, tem a palavra a Sr.ª

Deputada Joana Cordeiro.

A Sr.ª Joana Cordeiro (IL): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Primeiro-

Ministro, lembra-se destas frases? «O País não se moderniza perdendo os seus melhores, o País não se

desenvolve perdendo os mais qualificados (…)», «(…) muitos emigraram mesmo tendo emprego (…), mas o

que lhes era oferecido era a precariedade, salários (…) e condições indignas». Reconhece? São suas, de abril

de 2015.

Em 2018, o Sr. Primeiro-Ministro afirmava: «Temos de ser um País que se empenha em fixar aqueles que

cá vivem (…)». Mas sabe qual é o cenário que temos hoje, sete anos depois de ter começado a governar? Só

na saúde, mais de metade dos alunos de medicina e de enfermagem tencionam emigrar!

Em 2016, prometeu que no ano seguinte todos os portugueses teriam um médico de família. Durante anos

foi repetindo essa promessa. Em 2019, 700 000 pessoas ainda não tinham médico de família e agora, em 2022,

são 1 milhão e 400 mil. O dobro em três anos!

Sobre o caos nas urgências, na sexta-feira, dia 17 de junho, o Sr. Primeiro-Ministro afirmou: «Creio que parte

desse problema, a partir de segunda-feira, estará normalizado.» Não se passaram três dias, passaram-se 33

dias. Como é óbvio, e tal como sabia que ia acontecer, nada está resolvido nem normalizado. E, com o maior

descaramento, apresenta-nos um portal, onde podemos saber quais as urgências abertas.

Mas está tudo ao contrário?! É isto o melhor que o Governo tem para dar?!…

Vozes do IL: — Muito bem!

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