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I SÉRIE — NÚMERO 36

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As medidas apresentadas são, no mínimo, vergonhosas para os portugueses. Temos uma inflação histórica:

os produtos alimentares tiveram uma subida de 12%. O que é que os senhores fazem? Dão 125 €. Temos uma

inflação energética — isto, sim, é para o Sr. Secretário de Estado que está sempre a rir — de 30%. Repito, 30%!

Como justifica uma inflação de 30%? Isso é da sua responsabilidade e não o vi aqui com capacidade para saber

explicar ou ter a vontade de explicar aos portugueses os 30% de inflação no setor energético. Temos uma

inflação de 6% no preço dos serviços, o dobro do que se verifica na União Europeia. O dobro!

Temos o índice do preço da habitação — o Sr. Secretário de Estado deve saber isto —, face a 2015, início

da governação socialista, de 182 pontos. Isto é uma coisa louca! Estamos a falar de 40 pontos acima da média

da zona euro.

É impossível viver em Portugal. E o que faz o Governo? Apresenta um pacote de medidas muito bonito,

125 €, o que dá 34 cêntimos por dia de cada ano, e 50 € por dependente menor. Sabem o que isso dá, Srs.

Ministros, Srs. Secretários de Estado? Dá duas latinhas de leite para as crianças que o tenham de tomar e, a

partir daí, morrem à fome se estiverem à espera da ajuda deste Governo!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Filipe Melo (CH): — Digo-vos mais, ou melhor, relembro-vos o que devem saber: há um artigo, que

está muito bem feito, como poderão ver, que refere que a partir de 2024 as pensões de 500 € vão perder 261 €

— não sou eu quem o diz, é um artigo de opinião que tem factos concretos e bem comprovados — e as pensões

de 1500 € vão perder 785 €. Esta é a forma com que o Governo socialista engana mais uma vez os portugueses,

com uma falácia, criando o Programa «Famílias Primeiro», quando deveria ser «mentiras primeiro». Dizem que

este é o Governo das contas certas, é o Governo que dá 125 €, mas isso é uma esmola para as famílias. É uma

vergonha este valor que estão a dar, tendo em conta o cenário inflacionista que vivemos no nosso País.

As famílias estão pobres, vão continuar pobres e com este Governo socialista vão acabar na miséria. Mas

nós somos os únicos nesta Casa a apontar o dedo.

Aplausos do CH.

Não vemos, em nenhuma bancada, a capacidade para virem aqui dizer que vocês mentem aos portugueses.

E digo isto olhando-vos nos olhos: vocês mentem descaradamente aos portugueses e ninguém diz nada, porque

há uma vassalagem muito grande à bancada socialista e a este Governo.

Não contem connosco. Nós somos eleitos para vos dizer as verdades. E a verdade é esta: vocês roubam os

portugueses, vocês mentem aos portugueses!

Aplausos do CH.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Rocha, do

Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal.

O Sr. Rui Rocha (IL): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Hoje, neste Parlamento,

o comportamento deste Governo tem de ser denunciado. O que os senhores estão a fazer, há meses, é

austeridade escondida com pacote de fora. Os senhores têm engando ou tentado enganar, sistematicamente,

os portugueses.

Os senhores tentaram enganar os portugueses com a medida das creches gratuitas para todos. E todos

sabemos que hoje as creches não são, nem vão ser nos próximos tempos, gratuitas para todos.

Os senhores tentaram enganar os portugueses com a ficção da necessidade da autorização de Bruxelas

para baixar o IVA da energia, quando desde abril se pode baixar, sem precisar da autorização de Bruxelas, o

IVA da energia.

Os senhores tentaram enganar, com este pacote que apresentaram, os pensionistas. Aproveitaram a

situação de fragilidade e de carência de muitos pensionistas para lhes dizerem que fariam um adiantamento —

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