O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 39

20

O Sr. Alfredo Maia (PCP): — Nos últimos dias, o Governo, perante o justo coro de críticas à fraude evidente

com as pensões, veio brandir a ameaça de derrocada da sustentabilidade garantida da segurança social de 26

para 13 anos, se a fórmula legal for aplicada.

É, como sabemos, uma falácia. É, aliás, significativo, Srs. Deputados, que a Sr.ª Ministra, apesar de

repetidamente instada na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão a entregar aos Deputados os

cálculos que sustentam esta afirmação, não o tenha feito.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Pois claro!

O Sr. Alfredo Maia (PCP): — O que se impõe são medidas que garantam o reforço do financiamento da

segurança social, com o aumento da capacidade produtiva, a criação de mais empregos com direitos e salários

justos e de novas formas de financiamento da segurança social, como, aliás, o PCP já propôs.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem!

O Sr. Alfredo Maia (PCP): — É nesse sentido que caminha o projeto de resolução do PCP aqui em debate,

ao apontar a atualização do salário mínimo nacional para 800 €, no imediato, e para 850 €, em janeiro.

E é também isso que defendemos quando propomos a valorização geral dos salários e das carreiras, na

administração e nos setores públicos como no setor privado, a par da atualização das pensões em valor

correspondente ao da taxa da inflação acumulada até agosto, isto é, 6,9%.

O Sr. João Dias (PCP): — Muito bem!

O Sr. Alfredo Maia (PCP): — Do que já sabemos sobre as suas intenções quanto à atualização salarial dos

trabalhadores da Administração Pública, com expectáveis reflexos, aliás, negativos, no setor privado, parece

claro que o Governo pretende continuar a impor aos trabalhadores a continuação da perda do poder de compra

e a degradação da qualidade das suas vidas.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É o que está à vista!

O Sr. Alfredo Maia (PCP): — Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, ao contrário de medidas paliativas

como as que o Governo nos traz, que não vão à raiz dos problemas, não interrompem a escalada dos preços,

mas que travam salários e pensões, ao mesmo tempo que deixam incólumes os grandes lucros, o PCP defende

efetivas medidas de fundo, de que passo a dar alguns exemplos: o tabelamento e a fixação de preços máximos

para os bens essenciais; a consagração definitiva do livre acesso a tarifas reguladas do gás e da eletricidade; a

fixação em 6% da taxa de IVA sobre o gás e a eletricidade e a sua universalização; a redução dos preços de

bens alimentares na grande distribuição e com a garantia de preços justos à produção; a fixação de um teto

máximo de atualização das rendas, equivalente ao valor de 2022, isto é, 0,43%, e o congelamento das rendas

do regime de renda apoiada; e a fixação de um spread máximo pela Caixa Geral de Depósitos, como instrumento

para conter os aumentos dos encargos com a aquisição de habitação.

Ir à raiz dos problemas, Srs. Deputados, significa também aplicar uma tributação extraordinária sobre os

lucros excessivos acumulados de forma escandalosa dos grandes grupos económicos, sobretudo no setor

energético e no da grande distribuição.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Alfredo Maia (PCP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Ir ao fundo dos problemas significa também transgredir os ditames de instituições como o FMI (Fundo

Monetário Internacional), que, embora refira a taxação sobre lucros inesperados, apoios às famílias carenciadas

e medidas fiscais de alívio temporário da inflação — temporário, vejam bem, Srs. Deputados!…

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.

Páginas Relacionadas
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 39 4 O Sr. Presidente: — Sr.as Deputadas e Srs. Depu
Pág.Página 4
Página 0005:
17 DE SETEMBRO DE 2022 5 O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sr. Presidente, vou apenas dizer
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 39 6 O Sr. Ministro das Finanças: — …foi assi
Pág.Página 6
Página 0007:
17 DE SETEMBRO DE 2022 7 O Sr. Ministro e o Governo continuam a fazer de conta que
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 39 8 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Claro!
Pág.Página 8
Página 0009:
17 DE SETEMBRO DE 2022 9 A Sr.a Mariana Mortágua (BE): — Onde estava a esque
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 39 10 O Sr. Presidente: — O quinto pedido de
Pág.Página 10
Página 0011:
17 DE SETEMBRO DE 2022 11 pensão, e os mais jovens, que terão ainda menos casas par
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 39 12 O Sr. Ministro disse que iam fazer um a
Pág.Página 12
Página 0013:
17 DE SETEMBRO DE 2022 13 Protestos do PSD, do CH e da IL. Mas, mais:
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 39 14 Mas vamos ainda a mais verdades sobre a
Pág.Página 14
Página 0015:
17 DE SETEMBRO DE 2022 15 uma massiva transferência de recursos das companhias elét
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 39 16 Esse não é o lugar para defender o PS e atacar
Pág.Página 16
Página 0017:
17 DE SETEMBRO DE 2022 17 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Termino, Sr. Presi
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 39 18 e, por isso, propomos uma taxa para os lucros
Pág.Página 18
Página 0019:
17 DE SETEMBRO DE 2022 19 O Sr. Presidente: — Para apresentar os Projetos de
Pág.Página 19
Página 0021:
17 DE SETEMBRO DE 2022 21 O Sr. Alfredo Maia (PCP): — Sr. Presidente, estou
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 39 22 O Sr. Rui Tavares (L): — Termino dizendo que o
Pág.Página 22
Página 0023:
17 DE SETEMBRO DE 2022 23 O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 39 24 Se quiserem continuar a responder com o passad
Pág.Página 24
Página 0025:
17 DE SETEMBRO DE 2022 25 Se as famílias estivessem realmente em primeiro, já tería
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 39 26 O Sr. Bernardo Blanco (IL): — Termino m
Pág.Página 26
Página 0027:
17 DE SETEMBRO DE 2022 27 O Sr. Pedro Pinto (CH): — São 34 cêntimos por dia!
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 39 28 O Sr. Ministro das Finanças: — São aqueles que
Pág.Página 28