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I SÉRIE — NÚMERO 39

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direito internacional. E é por isso que, ao aprovar estas duas resoluções com vista à entrada da Suécia e da

Finlândia na NATO, este Parlamento reforça o seu compromisso com a paz na Europa e com a segurança

coletiva de todo o espaço euro-atlântico, mas também com os direitos humanos, a democracia e a solidariedade

com os Estados que se respeitam uns aos outros, que são livres de escolher o seu futuro, sem interferências de

Estados terceiros, e que lutam pela liberdade contra a opressão.

Um passo histórico que Portugal tem o orgulho de acompanhar, uma vez mais, em defesa dos objetivos e

princípios da Carta das Nações Unidas, da paz entre os povos, da salvaguarda da liberdade, dos princípios

democráticos e do direito internacional.

A guerra, iniciada pela Rússia, levou a uma reação conjunta das democracias ocidentais que, entre agressor

e agredido, não hesitaram em colocar-se ao lado daqueles que estão a ser agredidos. E, ao contrário do que

diz a narrativa de Moscovo — amplamente repetida por esse mundo fora por várias câmaras de ressonância —

, não foram as sanções económicas impostas à Rússia que provocaram a crise energética e alimentar na Europa

e no mundo. Foi a guerra que gerou a crise. As sanções nem sequer se aplicam à energia ou aos cereais. Foi a

guerra que gerou destruição, medo, pânico. Foram os bloqueios navais que impediram a exportação de cereais.

Foi a Rússia que decidiu, unilateralmente, interromper o fornecimento de gás à Europa. Foi a guerra que trouxe

a crise, não foram as sanções. Pelo contrário, as sanções querem acabar com a guerra.

Portugal tem apoiado a Ucrânia sem hesitações, com recursos financeiros, com apoio humanitário, com

acolhimento de refugiados, com toneladas de armamento ligeiro e pesado. Portugal sabe de que lado está: do

lado da justiça, da democracia, do direito internacional, do direito à autodeterminação dos povos e do seu direito

de escolher o seu destino. Portugal e a Europa estão a sofrer com as consequências desta guerra, mas não é

um sofrimento que se compare ao do povo ucraniano, que paga com o seu sangue a resistência heroica de

quem quer ser dono do seu destino.

Esta invasão injustificada, brutal e não provocada da Rússia à Ucrânia está a originar profundas alterações

na ordem internacional.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Marcos Perestrello (PS): — Termino imediatamente, Sr. Presidente.

O primeiro sinal político destas alterações na ordem internacional é, precisamente, este reforço da Aliança

Atlântica. A ratificação da adesão da Finlândia e da Suécia à NATO é apenas mais um passo num longo caminho

pela construção de uma nova arquitetura de segurança do espaço euro-atlântico, no qual Portugal tem de

continuar a participar e a ter um papel ativo.

Obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.

Aplausos do PS e do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rodrigo Saraiva, da Iniciativa

Liberal.

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Permitam-me que comece por

endereçar um cumprimento especial às Sr.as Embaixadoras da Suécia e da Finlândia e por agradecer a decisão

que tomaram, sendo esse o tema que nos traz aqui.

A proposta de adesão da Finlândia e da Suécia à NATO marca um ponto de viragem na Aliança transatlântica.

Estes dois países, que nem no decorrer da Guerra Fria sentiram a sua segurança em perigo ao ponto de largar

o seu estatuto de neutralidade, sentem hoje a sua segurança ameaçada como nunca em 70 anos.

Foi graças a uma viragem súbita nas opiniões públicas destas democracias que os seus governos e

parlamentos decidiram, de livre vontade, juntar-se à nossa Aliança, sob a coação de nada nem ninguém que

não a ameaça de uma agressão imperial. Foi por legítimos impulsos e vontades soberanas, conforme os critérios

de sempre da Aliança.

Como liberais, revemo-nos no impulso, na genuinidade e na solidariedade dos povos europeus na reação e

na ação em defesa da Ucrânia, em defesa da liberdade e da democracia, espoletando uma resposta sem

precedentes dos países e das instituições europeias. A Iniciativa Liberal apoia e dá as boas-vindas aos nossos

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