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29 DE SETEMBRO DE 2022

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A Sr.ª Sónia Ramos (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Espero que, no Alentejo, se faça! No

gerúndio, não, Sr. Deputado, com toda a consideração que me merece!

Quero agradecer, antes de mais, aos peticionários a oportunidade de trazer à colação a defesa do Alentejo,

não só como eleita pelo distrito de Évora, mas como cidadã, preocupada com um território cheio de

potencialidades, que não tem merecido a devida atenção por parte do Governo, sobretudo no que diz respeito

ao investimento público.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Sónia Ramos (PSD): — Os Governos socialistas presididos por António Costa prometeram aumentar

significativamente o investimento público, inscrevendo no Orçamento do Estado alguns projetos para, depois,

através das cativações, impedirem a realização desses investimentos, deixando depauperar, no caso em

concreto, o transporte público, apesar dos anúncios.

Prometeram, mas nada fizeram!

Recordamos bem os atrasos e as supressões dos comboios, o comboio da CP – Comboios de Portugal que

deixou cair um motor em andamento — todos nos lembramos disso —, as sistemáticas avarias na climatização

em pleno verão, as falhas constantes na manutenção dos comboios, causando o caos no quotidiano dos

portugueses, mas dos alentejanos não, porque lá não existe.

O programa Ferrovia 2020 é paradigmático do divórcio entre as promessas e a concretização do Governo

socialista em matéria de investimento nos transportes públicos, onde o adiamento dos projetos conta já vários

anos. Prometeram um plano ferroviário, mas nada fizeram!

O Alentejo é uma vítima desta política de verdadeiro desinvestimento não assumido, mas evidenciado pelos

factos, Srs. Deputados.

Anúncios, há muitos!

Em junho de 2021, a entidade gestora da rede ferroviária nacional veio ao Parlamento explicar os planos

para modernizar o troço Casa Branca-Beja, com eventual reabertura até Funcheira. Calculem!…

Em 2 de setembro deste ano, o Presidente da CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional) do Alentejo, Ceia da Silva, em Beja, anunciava a eletrificação da linha Casa Branca-Beja, com um

financiamento assegurado de 100 milhões de euros. E acrescentava, ainda, quanto à ferrovia, e cito: «Como

Presidente da Comissão de Coordenação eu exijo…» — e aqui faço um parêntesis para dizer que ainda bem

que um PS exige — «… que o Governo construa aquilo que falta da autoestrada, pelo menos até ao aeroporto

de Beja». Isto era o que dizia o Presidente da CCDR do Alentejo, como sabemos, um destacado militante do

Partido Socialista na região. Ainda bem que há socialistas que exigem o cumprimento das promessas do

Governo nos seus territórios.

Já a IP (Infraestruturas de Portugal), em 28 de dezembro de 2020, também afirmava que ia estudar a ligação

do aeroporto de Beja à ferrovia.

Prometeram, mas nada fizeram! De estudo em estudo, nada acontece no Alentejo.

Volvidos 11 anos sobre a inauguração do primeiro voo do aeroporto de Beja, apenas a manutenção das

aeronaves conheceu algum desenvolvimento. As expectativas eram grandes, mas nada se concretizou, apesar

da pressão, que saudamos, de alguns socialistas alentejanos, que não têm logrado convencer o seu próprio

Governo da bondade das soluções para o Alentejo.

É um imperativo nacional apostar na região do Alentejo como o melhor destino para viver, trabalhar e visitar.

É um imperativo nacional apostar também no teletrabalho, que veio provar — infelizmente, por uma má razão,

pela pandemia que conhecemos — que existe uma oportunidade para fixar pessoas no território, mão-de-obra

qualificada, com recurso às novas tecnologias, e muitos regressaram à terra.

Esta deveria ser uma oportunidade e um sinal para o Governo socialista, nomeadamente, fazer alguma coisa

também. E, já agora, lembro a frase «Em Évora, onde é que dormimos?», que é de uma t-shirt muito interessante

dos jovens universitários, para quem não sabe.

Agradecendo, mais uma vez, esta oportuna ideia de desenvolvimento — já que o Governo socialista não as

tem para o Alentejo —, quero ainda referir que a melhoria das acessibilidades é fundamental para debelar o

inverno demográfico nestes territórios.

Portanto, bem hajam por relembrarem ao País e ao Governo que o Alentejo também existe.

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