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29 DE SETEMBRO DE 2022

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O risco que corre o Alentejo é o de substituir-se o abandono pela destruição da sua coesão social, pela

destruição do seu território, da sua diversidade, da proteção ambiental por via da agricultura intensiva.

Enfrentamos, também, um inverno demográfico e digo, claramente: não há futuro para o Alentejo sem

conseguirmos atrair imigração para a região.

Protestos de Deputados do CH.

Nunca pensei que uma intervenção sobre o Alentejo causasse tanta polémica, sinceramente.

Por muitas medidas de atração de população que se façam, também não é como disse o Sr. Deputado Carlos

Guimarães Pinto.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr.ª Deputada, peço desculpa, mas tem mesmo de terminar.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Não é a versão que o Sr. Deputado Carlos Guimarães Pinto trouxe aqui, de promoção do interior — e aquilo

que propôs foi deslocar para Beja, de forma forçada, quem não tem lugar em Lisboa! —, que dará essa resposta.

Não é bem a mesma situação.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr.ª Deputada, muito obrigada, tem de terminar.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — O que nós precisamos é de dar condições aos imigrantes de que o Alentejo

precisa.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Pinto, do

Grupo Parlamentar do Chega.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Queria cumprimentar os peticionários da

Plataforma Alentejo por trazerem aqui este debate.

A pergunta que se faz é a seguinte: onde vai parar o Alentejo? O desprezo que o Governo dá ao Alentejo

está aqui visto, uma vez que não aparece, fugiu, foi-se embora.

Já sabíamos isto: a maior região do País está abandonada pelos sucessivos Governos do PS e do PSD.

Esta é a grande verdade.

Vou contar-vos a minha história, alguns conhecem-na, outros não. Nasci em Lisboa, cresci em Vila Franca

de Xira e, hoje, vivo no Alentejo. Fiz o contrário da grande maioria dos portugueses: saí da metrópole, de Lisboa,

para ir para o Alentejo. Sabem qual é a grande diferença? É que, antes, o meu voto valia 49 Deputados e agora

vale 2.

Aplausos do CH.

Essa é a primeira grande desigualdade entre os alentejanos e o resto do País.

Podemos dizer que Portalegre elege dois Deputados, Beja três e Évora três — ao todo são oito. A maior

região do País elege oito Deputados. Enquanto o PS e o PSD não se entenderem e não reformarem a Lei

Eleitoral o Alentejo não vai mudar. Podemos vir aqui com teorias, com tudo, mas o Alentejo não mudará.

Visão de futuro é ligar o aeroporto de Beja ao aeroporto de Faro. Esse, sim, tem de ser o princípio

fundamental, porque no aeroporto de Faro, mais dia menos dia, irá acontecer o que está a acontecer na Portela.

Quanto a ligações às autoestradas, Beja e Portalegre são as únicas capitais de distrito do País que não têm

uma autoestrada. Estamos no século XXI e Beja e Portalegre não têm uma autoestrada! Como é que é possível?

Aplausos do CH.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Ouçam, ouçam bem!

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