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I SÉRIE — NÚMERO 45

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consequências. O cobertor é curto, necessariamente. O sistema ficará com frio nos pés ou com frio na cabeça,

mas constipado fica de certeza. Da gripe não se safa! Portanto, mesmo a mobilidade por doença terá

consequências.

A tendência é para que, ao longo do ano, o problema se agrave em vez de se resolver, e é por isso que

apresentamos neste projeto as propostas que temos vindo a apresentar ao longo de anos: vinculação de

professores, para que aqueles que estão no sistema não se vão embora, desiludidos com a sua situação precária

e os maus salários, um regime de compensação a professores deslocados, para que não andemos a pedir aos

professores que paguem para trabalhar, e medidas para reduzir as desigualdades que afetam os horários

incompletos, que, embora sejam cada vez menos, porque cada vez há mais horários completos que ficam

também vazios, são ainda um problema.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, tem de concluir.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Termino, Sr. Presidente.

Sr.as e Srs. Deputados, a satisfação do Sr. Ministro da Educação, porque afinal há menos alunos sem

professor, é exagerada, é imponderada e é leviana. Não há contentamento nenhum em dizer-se que o problema

se vai agravar. É uma evidência, uma evidência tão grande como a irresponsabilidade deste Governo em não

ter lidado com o assunto até agora.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para apresentar o Projeto de Resolução n.º 223/XV/1.ª (CH) — Recomenda ao Governo

que desenvolva as diligências necessárias para que os alunos iniciem o ano letivo de 2022/2023 com a atribuição

de professores em todas as disciplinas, tem a palavra o Sr. Deputado Gabriel Mithá Ribeiro.

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O partido Chega apresenta a

esta Câmara um projeto de resolução que recomenda ao Governo socialista que desenvolva as diligências

necessárias para que os alunos dos ensinos básico e secundário tenham professores a todas as disciplinas.

Não nos deixamos iludir por aquilo que os partidos de esquerda escondem há décadas dos portugueses.

Refiro-me ao PS, ao PCP e ao Bloco de Esquerda. Foi esta esquerda que impôs que não é o professor que

ensina, é o aluno que aprende, e foi esta esquerda que impôs a desconfiança na capacidade e na honestidade

dos professores em avaliarem os seus alunos.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — A lei passou a impor aos professores a autoavaliação dos alunos. Foi

o radicalismo igualitarista desta esquerda que também remeteu o professor para o nível do aluno no domínio da

regulação de comportamentos. Os professores acabaram coagidos a ter de disputar as regras de sala de aula

todos os dias com os alunos, em vez de ensinarem.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — A cada nova geração, tornou-se mais difícil travar o caos nas salas de

aula.

Aplausos do CH.

A desmotivação, as frustrações, depressões e doenças entre os professores têm responsáveis que estão

aqui presentes.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Agora temos de levar com isto!

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