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I SÉRIE — NÚMERO 48

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O que os jovens sabem agora é que houve uma redução de cerca de 80% dos quartos privados disponíveis

e que os preços dos quartos estão a disparar a olhos vistos.

E, perante isto, o Governo propõe agora, no novo Orçamento, um «apoiozinho» de 288 € por mês, que não

vai abranger nem 15 000 estudantes.

O que importa dizer, Srs. Deputados, é que só no presente ano letivo o custo médio de um quarto no Porto

aumentou de 250 € para 324 € mensais e, em Lisboa, aumentou cerca de 55 € por mês, fixando-se nos 381 €

— valores exorbitantes para quartos mínimos e camas em despensas, sem condições dignas. Os jovens

estudantes portugueses não vivem, sobrevivem.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Este é um cenário que só se prevê que se agrave e as respostas são insuficientes.

Fica o aviso, Srs. Deputados: não basta orçamentar. Cá estaremos para escrutinar a aplicação das verbas e

exigir responsabilidades.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Identificando esta escassez, o Chega vai apresentar um projeto de lei que pede

a redução de imposto de 28% para 10% de todos os senhorios que realizem contratos de alojamento com

estudantes do ensino superior.

Convido todos aqueles que se dizem preocupados com esta realidade a aprovarem tal proposta, caso

contrário, admitam que a vossa postura de bloqueio ao Chega é uma hipocrisia, porque preferem ser mais fiéis

a cálculos políticos do que aos jovens portugueses.

Aplausos do CH.

Srs. Deputados, o ensino superior deve ser levado com seriedade. De nada serve alargarem o número de

vagas se não assegurarem as condições condignas e necessárias para os estudantes. De nada serve

celebrarmos o segundo maior número de colocados de sempre se a maioria dos estudantes tiver de abandonar

os estudos por falta de condições económicas. De nada serve o sacrifício das famílias para investirem na

qualificação dos seus filhos se, no final, os filhos contam apenas com as portas abertas para emigrarem.

As necessidades estão à vista e são evidentes — aumento generalizado dos preços que torna mais difícil

suportar as despesas alimentares; falta de camas; falta de apoio à integração dos jovens no contexto académico;

défice de profissionais especializados em saúde mental; falta de apoios ao desporto universitário e à promoção

de um estilo de vida saudável; falta de apoio a estudantes com necessidades especiais e dificuldades motoras.

É que, neste País a brincar, um jovem em cadeira de rodas fica impedido de frequentar o ensino superior

porque não há quem o auxilie na alimentação ou no acesso à casa de banho. Estas, Srs. Deputados, são as

casas de banho que vos devem preocupar, e não as casas de banho e as ideologias de género mistas que

querem criar.

Aplausos do CH.

Vergonha de País, que fecha os olhos aos jovens com necessidades especiais e que os impede de chegarem

às faculdades, destruindo os seus sonhos e condenando-os à subsidiodependência. Os jovens não querem

subsídios, querem dar o seu contributo ao País.

Concluo dizendo que estas são as preocupações dos jovens estudantes, as quais querem ver vertidas nos

nossos debates e propostas. Se os senhores não percebem isto, então não percebem nada da realidade de um

jovem português.

Aplausos do CH.

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