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13 DE OUTUBRO DE 2022

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O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Com isso, não só comprimiu e esmagou, nomeadamente, os direitos

dos trabalhadores como, agora, aconteceu uma desgraça: é que o processo de reestruturação não vai relançar

a TAP e, pior do que isso, a União Europeia diz que durante 10 anos não há mais dinheiro para a TAP.

Ora, nós sabemos que o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros. O dinheiro dos outros está

a acabar e, portanto, está a acabar o socialismo. E quando acaba o socialismo também acaba o preconceito!

Aplausos do PSD.

O Partido Socialista, de repente, descobriu que, afinal, um parceiro estratégico… Descobriu que essa coisa

da nacionalização não era tão produtiva e, então, passou a encontrar méritos nos particulares.

Sr.ª Deputada, pior que isto é quase impossível, mas gostava de ouvir a opinião do PCP.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para dar essa e outras respostas tem, então, a palavra a Sr.ª Deputada

Paula Santos.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, agradeço as questões formuladas.

Gostaria de começar pelas perguntas feitas pelo Partido Socialista, que parece querer recuperar a opção da

política de direita, para não perder o comboio das forças políticas mais à direita e ser o grande defensor da

privatização da TAP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Essa é que é essa!

Protestos do Deputado do PS Hugo Oliveira.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Mas o que está em causa, se tomou atenção à declaração política proferida

pelo PCP, é que ficou comprovado que as tentativas de privatização que ocorreram, e a própria privatização,

foram altamente prejudiciais para a TAP e para o País, com custos de milhões e milhões de euros para a TAP

e para o Estado português.

Não é verdade que estejamos isolados e que a TAP esteja isolada, mas aquilo que o Partido Socialista

pretende — aliás, com as demais forças políticas à direita — com o processo de privatização da TAP é

transformá-la numa empresa regional, levando-a a perder a sua capacidade, a sua atividade e a não garantir

essas mesmas condições de trabalho a que o Sr. Deputado fez referência.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Quanto a encontrar um parceiro estratégico, está a vista o que isso significou,

nomeadamente, na sequência da privatização por parte do PSD e do CDS.

O Sr. João Dias (PCP): — Bem lembrado!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Enquanto era vantajoso, retiraram-se recursos à empresa; quando já não

interessava, disse-se «vamos embora, porque não temos nada que ver com isto».

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isso mesmo!

O Sr. João Dias (PCP): — É verdade!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — E é isso que não queremos para o nosso País. Repito: é isso que não

queremos para o nosso País.

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