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I SÉRIE — NÚMERO 48

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Relativamente às questões colocadas pelo Chega, o que gostaria de perguntar ao Sr. Deputado, tendo em

conta a intervenção que acabámos de ouvir, é se o seu partido assume que está contra a devolução dos cortes

dos salários aos trabalhadores da TAP.

O Sr. João Dias (PCP): — Exato!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — É de uma enorme injustiça aquilo que, no plano de reestruturação, foi imposto

à TAP pela União Europeia e aceite pelo PS e pelos partidos à direita.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Claro!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — O que aquilo significa é a redução do número de trabalhadores, que hoje são

necessários para que a TAP mantenha a sua operação.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E nós avisámos! Nós avisámos!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Aquilo que, hoje, é necessário é garantir os salários e os direitos dos

trabalhadores, precisamente para os fixar na TAP,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Claro, mas para o Chega parece ser um problema.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … porque tem havido uma saída muito significativa de trabalhadores que são

necessários à sua operação e manutenção.

É também importante que se clarifique que o que foi ruinoso para a TAP foram os negócios com uma série

de grupos privados, que lhe retiraram um conjunto de recursos. Vejamos os dados oficiais relativamente a esta

matéria: nos últimos 10 anos, a TAP S.A. deu lucro em seis e os prejuízos resultaram, sobretudo, dos anos em

que a TAP esteve privatizada.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — A pergunta não foi essa!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Por isso, fica aqui bem claro que é uma empresa viável e necessária para o

nosso País.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Não nos respondeu!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Tiveram 30 anos para responder, mas não respondem!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Num último aspeto, quero referir, Sr. Deputado Paulo Rios de Oliveira, que

nós defendemos que uma das responsabilidades da TAP é, naturalmente, assegurar a coesão territorial, bem

como uma maior resposta e o serviço às diversas regiões do nosso País.

O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Mas isso não está a acontecer!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Nunca ouviu nada em contrário por parte do PCP relativamente a essa

matéria. É, de facto, uma resposta que deve ser assegurada e é nesse sentido que também temos intervindo.

Quando falamos da necessidade de termos uma TAP com maior capacidade, que garanta a coesão territorial,

que garanta a ligação às nossas comunidades, aos países de língua portuguesa, com o importante papel que

tem de ligação a um conjunto de continentes no mundo, naturalmente, essa é uma das questões que temos

presente. Porém, isso não se faz com uma TAP privatizada, como os senhores fizeram quando estiveram no

Governo, mas sim com o controlo público da empresa.

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