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14 DE OUTUBRO DE 2022

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mesma dimensão que tínhamos, como o PCP sempre quis, era pormos mais do dobro daquilo que injetámos na

TAP. Tivemos que fazer uma escolha e tomar uma decisão também no respeito da legislação europeia, isto é,

garantir que conseguíamos passar por aquele mau momento que a TAP estava a viver e garantir que a TAP

continuará a existir no médio e no longo prazo. Este é o melhor serviço que fazemos à TAP e é por isso que não

temos um dogma no que diz respeito à abertura do capital da companhia aérea.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, iniciamos agora a segunda ronda deste debate.

Assim, em primeiro lugar, pelo Partido Socialista, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Costa.

Faça favor.

O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr. Presidente, Srs. Ministros, Sr. Secretário de Estado, Sr.as e Srs. Deputados,

aquilo que o Sr. Ministro das Infraestruturas acabou de dizer é para nós crucial. O plano de reestruturação era

a forma de termos uma TAP, no médio e no longo prazo, era a forma de não termos uma empresa que fosse

liquidada.

O maior partido da oposição marcou este debate para o dia de hoje, mas continua com o típico problema de

não apresentar soluções, procurando somente títulos e partilhas de notícias nas redes sociais, sem nunca falar

ou comentar qual seria a importância de um verdadeiro parceiro estratégico com conhecimento do setor.

O maior partido da oposição, neste assunto como noutros, está transformado num mero partido de protesto.

Para o PSD, em 2015, a privatização era urgente — tão urgente que, durante quatro anos, não foi realizada,

tendo sido realizada só depois de umas eleições em que seria certo que a coligação PSD/CDS não continuaria

no Governo.

Srs. Deputados, é importante contar a história real. Diziam que, com esta suposta privatização perfeita, as

dívidas e o passivo continuariam como responsabilidade do Estado. Foi esta a privatização que o PSD e o CDS

realizaram em 2015.

Se para os liberais é fácil dizer que encerrariam a TAP, que liquidavam as empresas, os empregos e a

importância que ela tem para a economia, o maior partido da oposição não apresenta uma única solução.

Mas temos de analisar o custo económico da não-intervenção. Claro que, mesmo esquecendo os erros da

gestão privada iniciada em 2015, teria sempre de existir uma injeção de capital para defender a empresa. Foi

assim na França, foi assim nos Países Baixos e foi assim em toda a Europa.

O Sr. Bernardo Blanco (IL): — Isso é mentira!

O Sr. Hugo Costa (PS): — Em primeiro lugar, teríamos de analisar qual seria o custo a nível de emprego e

a nível macroeconómico e qual a importância do valor para as contas nacionais. Sr.as e Srs. Deputados, com

3000 milhões de euros de exportações por ano, qual seria o impacto nas compras nacionais de mais de 1000

empresas e nos 100 000 postos de trabalho diretos e indiretos?

O Sr. Bernardo Blanco (IL): — Onde é que está isso?

O Sr. Ministro das Infraestruturas e da Habitação: — Onde é que está isso?! Mas quer um desenho?!

O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr.as e Srs. Deputados, a defesa da TAP, a defesa da economia nacional, a

defesa do hub de Lisboa são cruciais, e o Grupo Parlamentar do Partido Socialista continuará, sem qualquer

tipo de equívoco, a defender esta empresa estratégica para o País.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Peço um pouco mais de silêncio na Sala e que as conversas que queiram ou precisem

de ter sejam feitas com um nível de ruído mínimo possível.

Para continuar a intervir pelo Partido Socialista, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Coimbra.

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