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20 DE OUTUBRO DE 2022

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Mas depois há um conjunto de propostas que seguem a outra linha, que seguem a linha mais proibicionista,

imobilista, que procuram criar problemas e acrescentar problemas aos que já existem. Isso, na verdade, não é

muito diferente do que se passa sempre que discutimos questões de sustentabilidade nesta Casa e, portanto,

aquilo que vemos é, muitas vezes, a propósito da sustentabilidade, termos, por exemplo, propostas que implicam

o decrescimento.

Ora, o decrescimento é voltar ao passado; depois, pode-se discutir essas propostas e ver quantos anos para

o passado é que querem voltar. O decrescimento implica uma redução de consumo e de produção de 20%, o

que nos levaria, mais ou menos, para 2010-2011. Mas, se calhar, isso não é suficiente, porque os países menos

desenvolvidos têm menos consumo e, portanto, as políticas de decrescimento obrigariam os países que têm

mais consumo a ajustarem de forma mais agressiva essa questão. Portanto, para aqueles que defendem a

necessidade do decrescimento, poderíamos estar a falar em retroceder 30, 40, 50, 60 anos, não sei exatamente.

Para um País como Portugal, poderíamos estar a falar de retroceder até à década de 70.

Ora bem, não quero retroceder à década de 70, não quero que os meus filhos retrocedam à década de 70,

não quero que a minha família retroceda à década de 70 e também não quero que os Srs. Deputados retrocedam

à década de 70, mesmo aqueles que até gostam dessa ideia do decrescimento.

Portanto, a questão da água tem que ver realmente com este tipo de abordagens que são diversas. É óbvio

que há qui um conjunto de propostas que são válidas, apoiaremos aquelas que nos parecem interessantes e

estaremos em condições, depois de discutirmos o Orçamento, de apresentar as propostas da Iniciativa liberal

relativamente às questões da água,…

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Onde é que elas estão?

O Sr. Rui Rocha (IL): — … porque muitas das que existem aqui hoje são parcelares, mas é evidente que precisamos de discutir o armazenamento da água.

Quando estamos a falar de armazenamento da água, estamos a falar de barragens. Sabemos que, quando

há barragens, há evaporação; é verdade, é o ciclo da água, não conseguimos contrariar isso, é verdade que há

evaporação, mas precisamos de discutir e apresentar propostas concretas para a distribuição…

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Não trouxe nada! Era hoje!

O Sr. Rui Rocha (IL): — … e, portanto, temos de fazer passar água dos sítios onde ela é abundante para os sítios onde falta. É evidente que temos de ter propostas para a reutilização de águas residuais, é evidente que

temos de discutir o regadio e é evidente que temos de discutir a dessalinização. Agora, a Iniciativa Liberal estará

sempre do lado das propostas apresentadas que pretendam resolver os problemas que realmente existem com

inovação, com tecnologia e desenvolvimento, e estará sempre do lado oposto daquelas propostas que trazem

imobilismo, paralisação e proibicionismo.

Aplausos da IL.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado tem um pedido de esclarecimento. Para formular esse pedido, darei a palavra ao Sr. Deputado Rui Tavares, do Livre.

O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Sr.Deputado Rui Rocha,falou de decrescimento e de voltar aos anos 70. Não me lembro de nenhuma intervenção anterior que o tenha defendido aqui, mas fiquei com uma

dúvida que gostaria de ver esclarecida: qual é a avaliação que a Iniciativa Liberal faz da privatização dos

sistemas de distribuição de água, nomeadamente, do facto de muitos municípios em Portugal se terem

endividado muito por causa da privatização da distribuição da água. Conheço um perto da minha terra que

passou a ser, no município do Cartaxo neste caso, o segundo mais endividado do País com aumentos na ordem

dos 200%.

Gostaria de saber se a Iniciativa Liberal acha que o caminho da privatização da distribuição da água é um

caminho a seguir ou se é crítica dessa privatização.

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