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I SÉRIE — NÚMERO 52

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Aplausos das Deputadas do PS Alexandra Leitão e Isabel Alves Moreira.

O Sr. Presidente: — Para apresentar o Projeto de Resolução n.º 256/XV/1.ª (IL) — Recomenda ao

Governo que acelere processos de construção de novas residências universitárias, tem a palavra o Sr.

Deputado Carlos Guimarães Pinto.

O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Os movimentos populistas

recorrem frequentemente à retórica da divisão e do ressentimento. Querem que as pessoas acreditem que

lhes faltam empregos porque os estrangeiros andam a roubá-los, e não porque a economia não é

suficientemente competitiva, querem que acreditem que pagamos muitos impostos por causa de pequenos

apoios sociais a grupos da sociedade, e não porque temos um Estado gordo que se dedica a salvar empresas

falidas. Quando o tema é a falta de habitação ou a falta de alojamento estudantil, a retórica do ressentimento

também aponta o dedo aos estrangeiros, sejam eles residentes ou turistas, esquecendo-se de que o número

de novas construções desceu quase 80% nos últimos 20 anos.

Esta é uma retórica que visa dividir a sociedade em grupos, criando uma aparência de conflito permanente

em que, para uns terem mais, outros têm necessariamente de ter menos. Esta política de divisão e conflito

permanente que divide a sociedade em grupos, colocando uns contra os outros, é perigosa e não leva a

nenhuma solução estável.

A nossa visão é diferente. Temos uma visão de crescimento e não de ressentimento. Temos o objetivo de

multiplicar e não de dividir. Quando olhamos para uma pessoa com dificuldades em encontrar uma casa, o

nosso primeiro pensamento não é a quem é que ela pode ir tirar uma; o nosso primeiro pensamento é como é

que podemos fazer para que haja mais casas, para que também essa pessoa possa ter uma. Somar em vez

de subtrair, multiplicar em vez de dividir, crescimento em vez de ressentimento.

Por isso, o nosso projeto para o alojamento estudantil é um projeto que soma, que não aposta no

ressentimento de estudantes contra estrangeiros mas, sim, no crescimento de alternativas que não dependam

de destruir o tecido económico que existe. Queremos mais residências para estudantes, queremos que o

Estado agilize os licenciamentos para que se construa mais e se reabilite de forma mais rápida. Queremos que

as universidades disponibilizem os seus terrenos para que se construam mais residências universitárias.

Acreditamos nesta geração, acreditamos que esta geração de jovens Erasmus, que estudam fora, que

conhecem a Europa com voos lowcost, não cairá na conversa do ressentimento contra estrangeiros, até

porque muitos deles, por bons e maus motivos, sabem que um dia poderão ser eles os estrangeiros noutro

país.

Sim, precisamos de mais alojamento para estudantes um pouco por todo o País. Construa-se mais, para

que residentes, estudantes, nómadas digitais e turistas possam partilhar cidades vibrantes, cosmopolitas,

abertas e tolerantes.

Aplausos da IL.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Eunice Pratas, do Grupo

Parlamentar do PS.

A Sr.ª Eunice Pratas (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Como todos sabemos, o acesso

universal à educação foi, e é, uma das maiores conquistas da democracia.

Investir na educação, permitindo o seu acesso a todos os cidadãos, é investir no futuro, e isso sempre teve

uma atenção especial por parte do Partido Socialista.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Eunice Pratas (PS): — Há resultados tangíveis da ação governativa do PS também no domínio do

ensino superior, com a efetiva expansão e democratização do acesso, com uma rede de instituições que tem

contribuído para a coesão territorial.

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