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21 DE OUTUBRO DE 2022

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A Sr.ª Rita Matias (CH): — Os jovens são a última linha de prioridade do Partido Socialista, e esta

dinâmica vê-se até mesmo aqui no Parlamento: os jovens socialistas ficam sempre lá atrás na sua bancada e

apenas vêm à frente quando é para falar de jovens.

Aplausos do CH.

Só falam sobre jovens, só falam sobre outras temáticas que os respetivos líderes consideram ser de menor

importância.

Por isto, o que o cidadão comum precisa de perceber lá em casa é se continua a valer a pena votar num

partido que não considera os jovens, que deixa os seus jovens para trás.

É este o nosso apelo.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Para apresentar o Projeto de Resolução n.º 250/XV/1.ª (L) — Recomenda ao Governo

a tomada de medidas urgentes de apoio ao alojamento de estudantes do ensino superior deslocados e de

criação de residências universitárias em património subutilizado do Estado, tem a palavra o Sr. Deputado Rui

Tavares.

O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os números recorde de estudantes no

ensino superior são uma das melhores notícias que o País poderia ter, porque não há nenhum problema da

nossa sociedade, da nossa economia e até da nossa democracia que consigamos resolver sem ter mais

qualificação, sem apostar na educação, em particular, no ensino superior.

Mas temos também números recorde de estudantes que entram no ensino superior e não chegam a

inscrever-se ou desistem pouco depois de se terem inscrito. Essa é a pior notícia que poderíamos ter, a de

desperdiçar talento, desperdiçar capacidade de mudar o País, não chegar a aproveitar os sonhos e os projetos

de tanta gente que chega à universidade e ao politécnico.

Hoje, temos um debate no qual se propõem várias medidas que permitem, ao menos, minorar este

problema. Do lado do Livre, apresentamos dois tipos de medidas: uma para o curto prazo e outra para o médio

e longo prazos.

Para o curto prazo, não há como lidar com a dificuldade de encontrar casa, de encontrar quarto nas

cidades universitárias em Portugal senão apoiando diretamente as ações sociais escolares das universidades,

que conhecem os seus alunos, que têm acesso aos seus dados e que podem fazer uma transferência direta

para que seja mais fácil arrendar nas cidades universitárias em Portugal.

Mas, evidentemente, a médio e a longo prazos, precisamos de mais oferta e não é no longuíssimo prazo

em que o Governo diz que trará mais milhares de quartos.

Temos já em Portugal, nas nossas cidades universitárias, muito espaço público construído e vazio,

esvaziado ou subutilizado, que está à espera de boas utilizações: quartéis militares, ex-tribunais civis, ex-

hospitais civis, alguns com excelentes condições para receberem estudantes universitários. Aquilo que o Livre

pede que o Governo faça, através deste projeto de resolução, é muito simples e não vejo, Caros Colegas do

PS e de todas as bancadas, como se possa negar: que este património seja inventariado, que seja feito um

levantamento que, aliás, o próprio Tribunal de Contas pede todos os anos, que seja conhecido este

património, que seja criado um grupo interministerial que nos apresente um plano para a utilização, ora a título

temporário, ora a título definitivo, destes espaços, por exemplo, dos quartéis.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Rui Tavares (L): — Em vez de serem quartéis, podem permitir baixar o preço da habitação nas

nossas cidades e, assim, podemos aproveitar como deve ser e dar pernas aos projetos dos estudantes

universitários que agora entram no nosso ensino superior.

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