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I SÉRIE — NÚMERO 62

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Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana e, depois, o mestrado em Gestão do Desporto, também na

mesma Faculdade.

Apesar de ter praticado diversas modalidades desportivas, o seu amor era o culturismo e dedicou toda a sua

curta vida a esta modalidade.

Com uma energia inesgotável e uma incrível vontade de vencer, dedicou-se de corpo e alma à Federação

Portuguesa de Culturismo e Fitness, onde desempenhou diversos cargos, nomeadamente o de Secretário-Geral

e, mais recentemente, de Presidente.

O reconhecimento pela sua competência e dedicação à modalidade levou igualmente a que a Federação

Internacional de Culturismo lhe atribuísse o estatuto de juiz internacional, sendo convidado para ajuizar

competições internacionais em todos os continentes.

Mas a sua maior alegria era sentir o crescimento da modalidade em Portugal e as medalhas que os atletas

portugueses alcançavam nos campeonatos da Europa e do Mundo.

Porque não parava, fundou ainda a Federação de Culturismo e Powerlifting de Portugal, alargando a esta

modalidade o seu interesse e dedicação.

De igual modo, era incapaz de ficar indiferente ao que se passava ao seu redor, pelo que aderiu ao Partido

Social Democrata, tendo integrado as listas do seu partido nas recentes eleições autárquicas, no concelho de

Loures.

Já com conhecimento da doença que o afetava, casou, no passado dia 29 de agosto, e continuou até ao

último dia a preparar a família e a Federação para o futuro que se avizinhava.

Não voltaremos a ver o seu sorriso, nem a ouvir ao longe a sua gargalhada, resultado de uma alegria

constante. Resta-nos a certeza de que a sua vida deixou profundas marcas. Como ele sempre dizia: “Não falha!”

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pelo

falecimento de José Monteiro e apresenta as suas condolências à família, em especial à sua esposa, Joana, ao

seu filho, Gustavo, de 5 anos, à sua mãe e irmão e à Federação Portuguesa de Culturismo e Fitness.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser

lido.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

Saúdo a presença nas galerias de familiares de José Monteiro, assim como de representantes da Federação

de Culturismo.

Peço que guardemos 1 minuto de silêncio pelos três votos de pesar que acabámos de aprovar.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Prosseguimos, com o Projeto de Voto n.º 199/XV/1.ª (apresentado pelo PAR e subscrito pelo PS, pela IL,

pelo PCP, pelo BE, pelo PAN e pelo L) — De saudação pelo centenário de José Saramago, que será lido pela

Sr.ª Deputada Maria da Luz Rosinha.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte

teor:

«No dia 16 de novembro de 2022, celebrou-se o centenário de José Saramago, ocasião para saudar e evocar

a memória de um dos maiores escritores da língua portuguesa, o único, até hoje, a quem foi atribuído o Nobel

da Literatura.

Nesse 16 de novembro de 1922, José Saramago nascia na aldeia da Azinhaga, na Golegã, Ribatejo, onde

cresceu rodeado pelos olivais que marcariam a paisagem da sua infância. Ainda criança, a família mudou-se

para Lisboa, onde Saramago concluiu o curso técnico, pois tivera de abandonar os estudos secundários por

dificuldades financeiras. O seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico. Em casa não havia livros, tendo

adquirido o seu primeiro livro aos 19 anos, com dinheiro emprestado de um amigo. Na Biblioteca Municipal de

Lisboa, que começara a frequentar no horário noturno, alimentava o seu desejo de saber e de instrução literária.

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