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23 DE DEZEMBRO DE 2022

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o partido Chega não entregou ainda e que também não quis entregar — que fique explícito — no decurso deste

Plenário.

O Sr. André Ventura (CH): — Temos três dias!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Porque estes Deputados que hoje aqui se reúnem, Sr. Presidente,

poderiam, enquanto Plenário, depois da sua decisão e depois de olhar para a reclamação apresentada, votar

hoje mesmo o recurso que outra entidade, neste caso um grupo parlamentar, entendesse apresentar.

A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Claro!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Mas és tu que decides o que fazemos?!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Por isso, gostaria de dizer que se o partido Chega quiser apresentar a

reclamação agora, e se V. Ex.ª tiver o entendimento de que é possível decidir sobre ela, o Grupo Parlamentar

do PS está disponível para, neste Hemiciclo, neste Plenário, votar o eventual recurso da sua decisão, se a

reclamação tiver sido apresentada.

Vozes do CH: — Era o que faltava!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Agora…

Protestos do CH e contraprotestos do PS e do BE.

Mas claro, como dizem alguns dos Srs. Deputados aqui à minha esquerda, era o que faltava, porque o que

querem é mesmo fazer uma manobra dilatória.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Vamos iniciar o nosso período de votações. O primeiro projeto a ser apreciado é o

Projeto de Voto n.º 215/XV/1.ª (apresentado pelo PS) — De pesar pelo falecimento de Maria Manuel Viana.

Peço à Sr.ª Secretária Palmira Maciel o favor de o ler.

A Sr.ª Secretária (Palmira Maciel): — Sr. Presidente, passo a ler: «Faleceu no passado dia 12 de dezembro,

aos 67 anos, a escritora e tradutora Maria Manuel Viana. Nascida em 1955, licenciou-se em Filologia Românica

na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, vindo a abraçar, a par da carreira literária, um percurso

no ensino secundário durante mais de três décadas, lecionando na sua Figueira da Foz natal, em Castelo

Branco, cidade que viria a adotar e onde viveria grande parte da sua vida, e em Lisboa.

Maria Manuel Viana deixa uma produção literária marcante, que passa pelo romance, merecendo especial

destaque A Paixão de Ana B. (2002), A Dupla Vida de Maria João (2006), Damas, Ases e Valetes (2007, com

Ana Benavente), O Verão de todos os silêncios (2011), Teoria dos limites (2014), A Geografia do Mundo (2015),

Gramática do Medo (2016, com Patrícia Reis) e, mais recentemente, pela prosa narrativa, em As evidências

noturnas (2021).

Em 2022, seria incluída na antologia de Vinte grandes contos de escritoras portuguesas, confirmando o seu

espaço entre as principais escritoras portuguesas contemporâneas.

No plano da tradução, focou-se especialmente em obras de relevo da literatura do país vizinho, com destaque

para os seus trabalhos em dois prémios nacionais da crítica de Espanha, O dia de amanhã, de Ignacio Martínez

de Pisón, e A filha do Leste, de Clara Usón, e para os mais recentes romances de Enrique Vila-Matas. Em 2014,

no âmbito da 8.ª edição do Lisbon & Estoril Film Festival, traduziria, do Prémio Nobel da Literatura de 2019,

Peter Handke, a peça Os belos dias de Aranjuez, que foi a palco nessa ocasião.

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