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I SÉRIE — NÚMERO 85

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O Sr. Jorge Galveias (CH): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Chega quer, em primeiro lugar e

publicamente, nesta Câmara, na pessoa do Sr. Eduardo Bernardino e de todos os peticionários, agradecer aos

enfermeiros e a todos os profissionais de saúde pelo seu esforço diário na defesa do bem comum, cuidando de

todos aqueles que procuram cuidados de saúde quando deles precisam.

Sr.as e Srs. Deputados: Reconhecer a profissão de enfermeiro como de desgaste rápido e antecipar a idade

da reforma é da mais elementar justiça.

Por essa razão, o Chega apresenta hoje, nesta Assembleia, o Projeto de Lei n.º 501/XV/1.ª, com esse

objetivo.

Em assuntos tão justos e que ultrapassam qualquer ideologia, não pode existir cegueira ideológica, pelo que

o chumbo da nossa proposta seria uma vergonha para esta Câmara.

O Governo de António Costa, acompanhado pelas bancadas que o suportam, elogiou, aplaudiu, louvou os

enfermeiros, os médicos e os restantes profissionais de saúde.

Porém, o esquecimento seletivo socialista abandonou rapidamente estes heróis. Mas o povo não! O povo

não os esquece!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Muito bem!

O Sr. Jorge Galveias (CH): — Os enfermeiros estão sujeitos a uma carga de trabalho e a uma carga

emocional que provocam um desgaste rápido que não é possível continuar a ignorar.

Infelizmente, a este desgaste inerente ao desempenho da profissão de enfermeiro, temos a acrescentar um

outro tipo de desgaste desnecessário, provocado pelo caos que se vive diariamente no Serviço Nacional de

Saúde, da responsabilidade dos vários Governos do Partido Socialista.

Aplausos do CH.

As unidades de saúde estão quase transformadas em hospitais de campanha, em consequência do

desinvestimento e da desorganização neste setor.

Os enfermeiros e restantes profissionais de saúde são confrontados com milhares de histórias como a do Sr.

José, uma história real que, ontem, um familiar em desespero me fez chegar, e que passo a ler.

«O meu pai, de 86 anos, dirigiu-se, no início de janeiro deste ano, ao centro de saúde a que pertence, onde

descreveu sintomas com indicação para prescrição de colonoscopia. Após percorrer três clínicas em Lisboa,

conseguiu um agendamento para 4 de outubro de 2023, ou seja, nove meses depois. Sr. Deputado, nove meses

para o diagnóstico de uma doença que poderá ser fatal e onde a janela de intervenção para a cura é fundamental.

Por favor, ajude-me a salvar o meu pai.»

Chamo a atenção dos Srs. Deputados para o facto de as três clínicas referidas se localizarem na capital,

onde a capacidade instalada para meios complementares de diagnóstico e terapêutica é a mais elevada do País.

Podemos, infelizmente, acrescentar milhares de situações como esta, que provocam sentimentos de

impotência, frustração, raiva, dor e tristeza, de forma particular a todos os profissionais que juraram salvar vidas.

Estes estados emocionais são responsáveis pelo aumento de situações de depressão, levando alguns

profissionais de saúde ao suicídio, assunto de que ninguém ousa falar.

Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, é chegado o tempo de a sua bancada traçar uma linha vermelha à

incompetência do Governo do Partido Socialista e resolver o problema de milhares de pessoas como o Sr. José.

Chega de proteger Fernando Medina e António Costa. É tempo de se juntarem ao Chega na defesa dos

enfermeiros e de todos os outros profissionais de saúde, bem como das pessoas, principalmente os pobres, que

não têm dinheiro para seguros de saúde ou hospitais privados e que estão condenadas a procurar ajuda nas

unidades de saúde, que mais parecem hospitais de campanha.

Aplausos do CH.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para apresentar o Projeto de Resolução n.º 323/XV/1.ª, do PAN, tem a

palavra a Sr.ª Deputada Inês Sousa Real.

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