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9 DE FEVEREIRO DE 2023

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O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado André Ventura, dentro do tempo disponível para

o Grupo Parlamentar do Chega.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro: Aproveito a sua presença aqui hoje para

o questionar não diretamente sobre o Conselho Europeu…

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Ah, claro!…

O Sr. André Ventura (CH): — … mas sobre o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, que hoje esteve neste

Parlamento a dar esclarecimentos.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Isto é que é ter respeito pelo Parlamento!

O Sr. André Ventura (CH): — Sei que isto é incómodo para vocês, mas têm de me ouvir.

Protestos do PS.

Sr. Presidente, está sempre a pedir para eu me conter, mas o PS não se contém. Sei que é o seu partido,

mas pelo menos convinha ter alguma mão também no Partido Socialista.

O Sr. Primeiro-Ministro ouviu, certamente, como ouvi hoje, as declarações do Sr. Ministro dos Negócios

Estrangeiros. Maior trapalhada não poderia haver!

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — Maior inconsistência, incoerência, desastre de comunicação, tudo o que

podemos ver na vida!

Chegou-se ao ponto de perguntar se tinha sido indicação do Secretário de Estado a nomeação de Alberto

Coelho, a que respondeu João Cravinho: «Bom, nós falamos de muita coisa, sabe, mas nesse dia aconteceu

não falarmos sobre isso.»

Sr. Primeiro-Ministro, de líder de um partido de oposição para líder de um Governo, digo-lhe: este seu Ministro

dos Negócios Estrangeiros é uma bolha à espera de rebentar, é um desastre político, é um desastre para o seu

Governo. Não posso deixar de lhe perguntar se, depois do que hoje ouviu, aqui, no Parlamento, mantém a

confiança no homem que nos representa nas comunidades, na Europa e em todo o lado como Ministro dos

Negócios Estrangeiros. Da nossa parte, a resposta é clara: João Cravinho já não tem lugar neste Governo e só

uma decisão sua o pode tirar.

Aplausos do CH.

Gostava de o questionar também, porque o assunto está na ordem do dia, sobre imigração.

Tivemos em Portugal, ainda esta semana, dois episódios lamentáveis, um em Lisboa e outro no Algarve,

relacionados com a imigração.

Como todos sabemos, a imigração não é um fenómeno português, é um fenómeno europeu, aliás, muito

mais intensificado em alguns países da Europa. Mas hoje há uma verdade inevitável: a política migratória de

portas abertas, a política migratória europeia de portas absolutamente abertas tem levado a estes desastres. A

política que o Sr. Primeiro-Ministro quis de um país aberto, sem fiscalização, sem regra e sem nenhum controlo

está a dar no desastre que estamos a ver, de imigrantes a viverem aos 100 ou aos 80 em alguns prédios em

Lisboa e no Porto ou a viverem na rua, após ministros terem ido a Timor-Leste dizer para virem.

O que temos hoje não só em Portugal mas em muitos países da Europa é que quisemos dizer que eramos

os maiores, os mais porreiros, aqueles que recebíamos tudo e mais alguma coisa e hoje o que temos é um

desastre para a integração dessas pessoas e, pior ainda, a abertura de portas giratórias às redes criminosas,

que tanto estão a prejudicar o nosso País.

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