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I SÉRIE — NÚMERO 109

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contribuído decisivamente para um quase total apagamento da memória coletiva. Esta memória tem de ser

recuperada e é necessário garantir que o passado não se repete.

As Deputadas e os Deputados Signatários, membros do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal–Israel,

congratulam a consagração pela Assembleia da República do Dia da Memória das Vítimas da Inquisição, 31 de

março.

Assim, a Assembleia da República reunida em Plenário decide:

1 – Congratular todas as iniciativas nacionais que permitam que o passado da Inquisição não seja esquecido,

tais como a inauguração, neste mês de março, da Casa da Inquisição, em Castelo de Vide, o Museu Damião de

Góis e das Vítimas da Inquisição, em Alenquer, assim como a evocação e celebração recente pela Assembleia

da República dos 200 anos da Constituição de 1822, que marcou definitivamente o fim da Inquisição em

Portugal.

2 – Para que o passado não se repita, apelam às Sr.as Deputadas e Srs. Deputados desta Câmara que

combatam ativamente o preconceito e o antissemitismo.»

É tudo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser

lido.

Submetida à votação, foi aprovada, com votos a favor do PS, do PSD, do CH, da IL, do BE, do PAN e do L

e a abstenção do PCP.

A Sr.ª Deputada Paula Santos, do PCP, informou a Mesa de que irá apresentar uma declaração de voto por

escrito, assim como o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda. Fica registado.

Passamos ao Projeto de Voto n.º 307/XV/1.ª (apresentado pelo PAR e subscrito por Deputados do PS, do

PSD, da IL, do BE e do PAN) — De pesar pelas vítimas do ataque no Centro Ismaili de Lisboa.

Peço ao Sr. Secretário Duarte Pacheco o favor de o ler.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr.as e Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte teor:

«Na manhã do dia 28 de março, um homem desferiu um violento ataque no Centro Ismaili em Lisboa,

matando duas mulheres, Mariana Jadaugy e Farana Sadrudin.

O suspeito destes crimes, de 28 anos, é de nacionalidade afegã, e veio para Portugal, como refugiado,

juntamente com os três filhos menores, tendo as autoridades policiais já considerado “afastados todos os sinais

de terrorismo”.

Este vil ataque ocorreu no seio da comunidade ismaelita, uma comunidade muçulmana há várias décadas

muito bem integrada na sociedade portuguesa, desenvolvendo o Centro Ismaili em Lisboa, desde a sua

inauguração, em 1998, iniciativas no âmbito do apoio ao desenvolvimento, com um importante trabalho de cariz

educativo, social e cultural, incluindo a nível da integração de refugiados.

Este ataque, que a todos consternou, foi perpetrado numa instituição que trabalha para o bem comum,

contando com a dedicação de pessoas como as vítimas, duas mulheres ainda jovens, cujo espírito generoso e

solidário tem sido por muitos realçado nos últimos dias.

A tragédia terminou com a pronta resposta das autoridades policiais, que logo acorreram ao local,

neutralizando o agressor, bem como dos serviços de emergência médica, que assistiram os presentes e o

professor ferido durante o ataque.

Nestes dias de grande comoção, temos assistido a múltiplas manifestações de solidariedade por parte da

sociedade portuguesa e das instituições políticas e religiosas, a que o Parlamento se associa através deste voto.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu sentido pesar pelo falecimento de

Mariana Jadaugy e de Farana Sadrudin, endereçando às suas famílias e amigos, assim como à comunidade

ismaelita e ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, as mais sentidas condolências.»

É tudo, Sr. Presidente.

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