15 DE ABRIL DE 2023
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A adesão da Finlândia à NATO representa um salto qualitativo, particularmente grave, que reforça a presença
deste bloco político-militar junto às fronteiras da Rússia, colocando aquele país nórdico na primeira linha da
estratégia de confrontação e guerra promovida pelos EUA, a NATO e a EU, estratégia concretizada através dos
contínuos alargamentos da NATO ao Leste da Europa — duplicando os seus membros em duas décadas —,
um dos principais fatores que está na origem do agravamento da situação na Europa e da atual guerra na
Ucrânia.
A realidade demonstra que o alargamento da NATO e a ampliação do seu âmbito de intervenção à escala
global incluindo à Ásia-Pacífico, visando particularmente a China, nunca significou maior segurança, mas sim
uma maior ameaça à paz e à segurança na Europa e no Mundo.
O novo alargamento da NATO é acompanhado por aumentos nas despesas militares dos seus países-
membros. É chocante que para promover o militarismo e a guerra se mobilizem mais e mais milhares de milhões,
quando para aumentar salários e pensões e reforçar direitos sociais não se mobilizem os necessários e urgentes
meios financeiros.
Os povos aspiram à paz, à segurança, à cooperação, ao desarmamento e não ao caminho do militarismo,
do alargamento de blocos político-militares, da escalada armamentista e da guerra para o qual o imperialismo
está a empurrar a Humanidade.
O Deputado do PCP, Bruno Dias.
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Nota: As declarações de voto anunciadas pelo Deputado do PS Sobrinho Teixeira, pela Deputada do PSD
Emília Cerqueira e pelo Deputado do L Rui Tavares não foram entregues no prazo previsto no n.º 3 do artigo
87.º do Regimento da Assembleia da República.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO.