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I SÉRIE — NÚMERO 119

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Aplausos da IL. E porque a liberdade é para todos, este é também o dia para condenar todas as formas de discriminação

dirigidas aos portugueses, onde quer que estejam, e todas as formas de discriminação e xenofobia dirigidas aos estrangeiros que querem viver ou trabalhar em Portugal.

É inaceitável o discurso dos que acusam os estrangeiros de roubar os nossos empregos, como é inaceitável o discurso dos que acusam os estrangeiros de roubarem as nossas casas.

Aplausos da IL. É em nome da liberdade que resistiremos contra todas as derivas que a querem ameaçar. A Iniciativa Liberal afirma a liberdade de expressão como valor inegociável, contra todas as tentações de

reescrever a História, contra o revisionismo das histórias contadas nos livros, contra todas as pulsões que atentam contra a arte e formas de expressão cultural, contra todas as espécies de controlos, censuras ou cancelamentos que constituem conceções totalitárias da linguagem e do pensamento e contra as políticas identitárias que subjugam a liberdade individual.

E porque a liberdade é para todos, continuaremos — sozinhos, se for preciso — a defender direitos, liberdades e garantias. Foi assim na pandemia, quando dissemos «não» aos abusos do Estado e à intromissão desproporcionada do Estado nas liberdades individuais. É assim com a nossa oposição ao arrendamento coercivo, dizendo «não» a todas as intenções de fazer tábua rasa do direito de propriedade. E é assim relativamente à revisão constitucional, se PS e PSD quiserem abrir a porta para confinamentos administrativos.

Contudo, Sr. Presidente, da mesma forma que dizemos «não» a todas as tentativas de cercear a liberdade, dizemos «sim» ao País. Os diagnósticos estão feitos, sobre o longo ciclo da decadência socialista que condena os portugueses a empobrecer e a emigrar. Mas onde realmente se constrói a alternativa é na afirmação de soluções que opõem a confiança ao medo, a esperança ao conformismo, a exigência ao facilitismo, a excelência à mediocridade, a urgência da ação à negligência, o crescimento económico à estagnação, a sede de futuro ao atavismo, as oportunidades ao nepotismo e ao determinismo social.

Sr. Presidente, em democracia, há sempre alternativa e o vento da mudança já começou a soprar em Portugal.

Sr. Presidente, é isso que hoje aqui também festejamos. Sr. Presidente, 25 de Abril sempre! Liberdade sempre e alternativa sempre! Aplausos da IL, de pé. O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra o Sr. Deputado

André Ventura. Neste momento, abandonaram a Sala a Deputada do BE Joana Mortágua e Deputados do PS. O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente da República, Sr. Presidente da Assembleia da República,

Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Autoridades Civis e Militares, Sr.as e Srs. Convidados: Mais uma vez, aqui estamos e, mais uma vez, fazemos alarde, para o povo português fingir que viu e para fingirmos que ficámos contentes.

Cravos, celebração e festa, num dos momentos mais negros dos portugueses. Eles sabem que hoje, enquanto aqui celebramos com cravos, não conseguem pôr comida na mesa.

Mas não estaria bem com a minha consciência, se não dissesse ao Sr. Presidente da Assembleia da República e ao Sr. Presidente da República o tremendo erro que a anterior cerimónia foi e a forma como decorreu.

Sim, Sr. Presidente, porque normalizar a corrupção e branqueá-la, para nós, nunca será solução. Esta Casa não pode ser um circo de corrupção. Esta Casa não pode ser um aplauso àqueles que foram condenados em três instâncias e foram salvos pela mão amiga daqueles que nomearam.