I SÉRIE — NÚMERO 121
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contingente prioritário, que criará mais oportunidades para os melhores estudantes oriundos de contextos mais desfavorecidos acederem aos cursos e instituições mais competitivos, bem como o alargamento do contingente prioritário para candidatos emigrantes, familiares que com eles residam e lusodescendentes na segunda fase do concurso nacional de acesso.
Esta revisão do sistema de acesso aprofunda o caminho de diversificação das vias de acesso ao ensino superior, estimulando o prosseguimento de estudos de jovens a frequentarem o ensino secundário profissional e criando mais oportunidades para o regresso de candidatos adultos ao sistema de ensino.
Esta revisão introduz também medidas de simplificação e agilização de todo o processo de candidatura, com impactos claramente positivos. Assim, a fixação de vagas do regime geral de acesso e de todos os concursos especiais passou a ocorrer nos primeiros meses do ano, como já aconteceu este ano, o que permite aos estudantes conhecerem toda essa informação mais cedo, antes de se inscreverem nos exames nacionais, para que possam decidir melhor e com mais informação.
Por outro lado, é introduzida a antecipação de todo o calendário de colocações do concurso nacional de acesso, o que permitirá a divulgação dos resultados da primeira fase no final de agosto, dando mais tempo aos estudantes deslocados para encontrarem alojamento, e a divulgação de todas as fases até ao final do setembro, o que evitará que estes estudantes entrem mais tarde e sejam prejudicados pela perda de semanas de aulas.
Promover a equidade no ensino superior pressupõe um compromisso muito forte com a ação social. Deste modo, importa salientar o aumento dos montantes das bolsas de estudo e dos complementos, a introdução de novas modalidades de apoio e o reforço extraordinário das bolsas de estudo em 10 % para todos os estudantes, para mitigar o efeito da inflação.
As medidas introduzidas conduziram a que o fundo de ação social tenha executado, em 2022, o montante de 151 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 17 % em relação ao ano anterior. Por outro lado, os dados atuais indicam que o financiamento médio da ação social por estudante, no presente ano letivo, aumentou cerca de 20 % face a 2021-2022 e quase 40 % face a 2020-2021.
O reforço da ação social tem sido feito pelo alargamento do limiar de elegibilidade, que aumentou o universo de estudantes abrangidos. Este limiar foi aumentado em 2022 e será novamente aumentado a partir de setembro de 2023, permitindo que mais alguns milhares de estudantes beneficiem de bolsa.
Aplausos do PS. A ação social assistiu, também, a uma melhoria substancial da eficiência do sistema de atribuição de
bolsas, graças às alterações introduzidas antes do início deste ano letivo, que garantiram a atribuição de bolsa a todos os estudantes beneficiários dos primeiros três escalões de abono de família, o que reduziu a incerteza e simplificou o processo. Assim, ao fim de um mês de aulas já tinham sido analisados quase metade dos requerimentos, e cerca de 90 % até ao final do primeiro trimestre do ano letivo.
Adicionalmente, foi reforçado o compromisso na melhoria das condições de alojamento dos estudantes, por via do alargamento de apoios neste domínio, quer no montante das majorações, quer no universo abrangido, e pela total contratualização do financiamento atribuído para construção e reabilitação de residências através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Durante esta Legislatura, o investimento em residências para estudantes ascenderá a 450 milhões de euros. Já foi inaugurada a primeira residência requalificada neste âmbito, e contamos que, até ao final deste ano, haja mais 12 residências a inaugurar, totalizando 1101 camas.
Aplausos do PS. Estão atualmente em andamento 77 projetos, no valor de cerca de 250 milhões de euros, o que é bem
demonstrativo da elevada taxa de execução face ao conjunto de metas estabelecidas. Por forma a minimizar as dificuldades urgentes dos estudantes, explorámos todas as possibilidades
disponíveis com entidades dos setores público, privado e social. Desse esforço resultou a renovação de protocolos já existentes — neste momento, num contexto muito mais adverso — e a contratualização de novos protocolos de alojamento com entidades do setor hoteleiro, cooperativo e social.