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I SÉRIE — NÚMERO 126

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enfermeiros e outros. A proposta foi aprovada, o Governo apoia, mas não vemos implementação. Gostaria de

saber, da Sr.ª Secretária de Estado, o que está a ser feito nesse sentido.

Segunda medida: para podermos ter mais profissionais de saúde e para podermos evitar que eles fujam para

o privado, é preciso saber exatamente quais são as folhas salariais no privado. Ou seja, precisamos de mais

orçamento, precisamos de pagar mais, mas vamos competir até quando?

Para isso é preciso mudar a lei, para que haja um mercado, no caso do privado, que nos dê informação

acerca dos preços que praticam. Mas o PS não está a querer fazê-lo. Ora, eu queria saber se já perceberam

que, sem isso, não sabemos…

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado tem de terminar.

O Sr. Rui Tavares (L): — … até quanto vamos precisar de investir para recuperar profissionais de saúde

para o SNS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do PAN, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Sousa

Real.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Membros do Governo aqui

presentes: Começamos por agradecer ao Bloco de Esquerda por ter trazido este tema a debate, que é, sem

dúvida, um dos que, na área da saúde, mais preocupa as famílias portuguesas.

Não podemos esquecer que esta é uma situação que se vive em todo o País, mas que assume particular

gravidade em algumas zonas, como, por exemplo, na região do Oeste, que aguarda há tanto tempo não só o

cumprimento dos rácios dos médicos de família, mas também o hospital.

Estas acabam por ser exigências transversais a todo o País, com particular gravidade nas especialidades

que estão em falta no apoio aos utentes. Falamos de uma ausência de políticas de prevenção em todas as

especialidades, desde a materno-infantil à parte visual, à saúde mental. Há, de facto, uma dificuldade em garantir

as políticas de proximidade e de prevenção que o País exigiria a este tempo.

Depois, há a própria falta de capacidade para garantir a atratividade. Hoje já não debatemos apenas o facto

de os médicos irem para o privado, falamos também do facto de estarmos a formar profissionais, e bons

profissionais, no nosso País, que fogem depois para o exterior.

Tem de existir uma estratégia, e perguntamos que estratégia é, afinal, a que o Governo tem para conseguir

captar e fixar os médicos em Portugal, sob pena de continuarmos a falhar no desiderato de garantir um médico

de família para todos os portugueses.

Por outro lado, gostaríamos de recordar que, ontem mesmo, estiveram sentados nestas bancadas os jovens

do Parlamento dos Jovens, que falaram precisamente das suas preocupações, e não apenas no âmbito da

saúde mental, que é uma das dimensões em que falhamos na prevenção. Eles deram soluções muito claras:

mais meios, mais profissionais e mais aposta na prevenção. Se para os jovens é assim tão claro, o que é que

falta para ser claro, igualmente, para nós?

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o Sr.

Deputado Ricardo Baptista Leite.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Ministra, Sr.ª Secretária

de Estado: Ouvimos muito debate em torno das ideologias e do pensamento partidário de cada um dos partidos

aqui representados, mas gostaríamos de focar a nossa intervenção naquilo que importa, que são os doentes e

os profissionais de saúde, que muitos apelidaram de «heróis» durante a pandemia,…

O Sr. António Cunha (PSD): — Muito bem!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — … sendo o capital humano aquilo que tem aguentado, apesar de

todas as dificuldades, o Serviço Nacional de Saúde.

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