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I SÉRIE — NÚMERO 129

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Ora, então, porquê sujeitar as pessoas a este processo de adotarem as iniciais ou um nome adotado, a terem dois nomes, um no papel e outro adotado, quando podemos simplesmente aceitar — aceitar! — que cada um se chame como entender, com liberdade, com responsabilidade, com respeito?

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, é disto que se trata, e que fique claro para todos: contra a homofobia e a transfobia, pela igualdade, bom senso, respeito, liberdade, responsabilidade. É do que precisamos, é o que pedimos, e os portugueses também.

Aplausos do PS e do BE. O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra a

Sr.ª Deputada Rita Matias. A Sr.ª Rita Matias (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Hoje, esta Câmara discute que os nomes

possam passar a ser neutros — o que quer que isso seja, na terra em que existe a Maria José ou o José Maria — e discute também a consagração do dia da visibilidade trans.

No rol da argumentação, temos visto muitas referências a problemas no acesso ao trabalho ou à saúde, mas, até agora, não vimos um único dado estatístico ou uma única referência que não seja uma frase feita com falsa caridade.

Com tantas organizações coletivistas e ativistas financiadas com dinheiros públicos ou através de fundações, como é possível não termos um único dado neste debate? Quantas pessoas estão realmente a ver o acesso ao trabalho negado, em função da expressão da sua sexualidade? Quantas pessoas estão realmente a ver o acesso à saúde negado? Não há dados? Ou, por outro lado, serão as pessoas trans as únicas que não têm acesso à saúde? Então e o cidadão de 68 anos que faleceu com cancro esta semana, em Faro, depois de meses à espera para ser transferido para Lisboa ou para o Porto?

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Meus caros, o acesso à saúde escasseia para todos, não só para aqueles que

se reveem na bandeira LGBT. Aplausos do CH. Mas vejamos: neste debate, não só não apresentam dados, como também vêm falar apenas em nomes,

em vez de trazerem respostas aos problemas reais que supostamente identificam. Se assim é, é porque os partidos desta Casa não querem ter um debate sério, nem querem trazer seriedade a esta matéria.

O que importa é a revolução woke, que já está em curso. Não sou eu que o digo, é o Manifesto do Dia da Visibilidade Trans, assinado a 31 de março, com o apoio de alguns partidos, no qual se diz, e passo a citar, «saímos em combate ao sistema socioeconómico» e ainda «combater a transfobia é lutar contra uma sociedade profundamente racista e xenófoba, herdeira de séculos de colonialismo». Pergunto: onde é que já ouviram esta cartilha marxista? O que é que isto tem que ver com supostos direitos sexuais? As intenções são claras, porque isto não é sobre alcançar igualdade, é sobre impor uma agenda de relativismo moral e cultural.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Relativismo moral?! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Porque é que, em vez de tentarem unir todos os cidadãos, iguais perante a lei,

em torno da bandeira que é nossa, a bandeira nacional e das quinas, promovem a bandeira arco-íris, que apenas segrega e divide?

Aplausos do CH.

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