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I SÉRIE — NÚMERO 142

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O Sr. Presidente: — Para apresentar os projetos do Chega, tem agora a palavra o Sr. Deputado Pedro

Frazão.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Ex.mo Sr. Presidente, Ex.mos Srs. Deputados: Os agricultores e os

pescadores sabem que não podem contar com o Partido Socialista, e muito menos com os seus parceiros de

geringonça, e têm muitas dúvidas sobre se podem contar com o PSD.

Nos últimos 27 anos, o Partido Socialista desgovernou-nos 20 anos, contando com a colaboração dos

partidos da extrema-esquerda desta Assembleia e também, pontualmente, com o PSD. Nestas décadas vimos

tantas e agravadas secas, mais uma vez na atualidade, discutidas aqui hoje, e queremos atalhar estas secas

com duas iniciativas do Grupo Parlamentar do Chega.

Mas também vimos tantas outras calamidades: os incêndios, a degradação dos solos, a aridez progressiva,

a desertificação e o abandono de terras. Tudo isto não são fenómenos novos, são realidades antigas. Todas

estas calamidades têm vindo a crescer de ano para ano. Não por serem uma fatalidade, Srs. Deputados, mas

porque são consequências das más decisões políticas dos Governos portugueses, que se vergam a uma agenda

antissoberanista e globalista, imposta por Bruxelas aos nossos valiosos territórios e gentes.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Lá está!

O Sr. Rui Tavares (L): — Fundos da Europa para dar apoio à agricultura!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Excelências, um povo que abandona o campo e o mar é uma

nação que entrega de forma gratuita a sua soberania alimentar, ficando dependente de outras nações. Pois,

infelizmente, é o que se passa em Portugal e pela mão do Partido Socialista.

Aplausos do CH.

É só assim que se pode compreender a perda de peso político do setor primário, a agricultura e as pescas,

dentro do nosso Conselho de Ministros. Isto em contrapartida com o aumento do pendor, do animalismo e do

eco-alarmismo. É só esta a razão que permite ainda a Maria do Céu Antunes ocupar a pasta da agricultura.

A nossa capacidade de alimentar os portugueses diminui de ano para ano, a soberania alimentar está em

risco, os campos agrícolas são abandonados e há frotas pesqueiras que apodrecem atracadas nos portos. Já é

evidente para todos que é intencional a manutenção de um ministério incapaz e inoperante.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, podemos aplicar aqui a imagem da vinha, recentemente utilizada pelo Ex.mo

Sr. Presidente da República, Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa. Nesta imagem, de certa forma, também o Sr.

Presidente se autorresponsabilizou por não cortar os galhos velhos e secos, de onde já não brotam frutos.

Não são só os Ministros João Galamba, João Gomes Cravinho ou Maria do Céu Antunes, mas é o próprio

Primeiro-Ministro, António Costa, que deveria ser podado pelo próprio Sr. Presidente da República, que pelos

vistos percebe da poda.

Aplausos do CH.

É este Governo que precisa de uma poda profunda, para permitir que a seiva da esperança possa dar vida

aos campos, ao mar e às nossas gentes, enfim, uma poda de árvores infrutíferas para dar uma nova esperança

a Portugal.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, os nossos agricultores e os nossos pescadores, que colocam o pão nas

nossas mesas, esperam ansiosamente que esta Assembleia corte definitivamente com as políticas

ecomarxistas, sempre contra as barragens, contra o regadio, contra os verdadeiros empreendedores do setor

primário, essas políticas ecomarxistas que, por terem consequências tão evidentes, só podem visar a destruição

da agricultura e das pescas, ambos setores milenarmente identificados como fundamentais para a autonomia e

a soberania e, também, a liberdade dos povos.

Vejamos bem: Portugal, por vezes, vê-se com um stock de cereais para apenas 15 dias, num País em que

dependemos em 90 % de trigo importado para termos pão nas nossas mesas.

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