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17 DE JUNHO DE 2023

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Em fevereiro de 2022, alguns dias após a invasão russa da Ucrânia, encontrei, em Estrasburgo, um grupo

de mulheres e crianças que tinham acabado de sair de Kyiv. Perguntei-lhes: «Para onde vão?» Responderam-

me: «Para o Porto, um lugar do outro lado do continente.» Foi um momento comovente que demonstrou que,

mesmo nos piores momentos, vocês não fugiram às vossas responsabilidades. Os vossos presidentes de

câmara não disseram que estavam demasiado longe para se preocuparem. Vocês deram esperança às

pessoas. As vossas vilas e cidades, incluindo Lisboa, responderam à nossa campanha «Geradores de

Esperança» para fornecer eletricidade à Ucrânia.

Por isso, por tudo o que fizeram para apoiar os nossos esforços conjuntos para garantir a sobrevivência da

Ucrânia e por tudo o que continuam a fazer, agradeço-vos.

Aplausos do PS, do PSD, do CH, da IL, do PAN e do L.

É verdade que Portugal sabe ultrapassar os desafios da geografia melhor do que a maioria. A vossa Nação

é onde a Europa começa. Da América Latina, de África à Ásia, os vossos laços únicos possibilitaram à Europa

falar com o mundo e escutar de uma forma que permite um entendimento comum e protege o multilateralismo.

O Corvo, uma ilha com 17 km2 nos Açores, está à mesma distância dos Estados Unidos que de Bruxelas. É

a nossa porta de entrada para o mundo. Isso é a Europa.

Aplausos do PS, do PSD, do CH, da IL, do PAN e do L.

Contaram-me uma história sobre como, no Dia da Europa em 2017, foi pintado um mural que retratava

Jacques Delors e o residente mais velho do Corvo, José Mendonça Machado, na biblioteca pública local. A

mensagem foi clara — o Sr. Mendonça Machado é tão europeu como o Presidente Delors — e nós ouvimo-la

em todo o lado.

Não pode haver nenhum lugar na Europa demasiado distante para ser importante. Esse é o nosso desafio

conjunto. É por isso que estamos a promulgar legislação europeia que permita a ilhas como os Açores e a

Madeira obter mais recursos para prosperar. É assim que elevamos o nosso continente. Podemos regenerar-

nos e podemos fazê-lo reforçando as bases do nosso projeto europeu de uma forma sustentável e socialmente

justa, orientada para o futuro.

Acabo de vir, juntamente com os meus colegas, do Parlamento Europeu, onde votámos a legislação mais

avançada do mundo em matéria de inteligência artificial. Elaborámos um ato legislativo que nos permite ser

líderes mundiais na inovação digital, com base nos valores da UE. No futuro, precisaremos de limites claros e

constantes para a inteligência artificial. Incentivaremos a inovação, mas há uma questão em relação à qual não

faremos concessões: sempre que a tecnologia avançar, terá de ser acompanhada por direitos fundamentais e

valores democráticos.

Aplausos do PS, do PSD, do CH, da IL, do PAN e do L.

Temos de reconsiderar a forma como legislamos, como pensamos. Começou uma nova era e, com ela, uma

ameaça de entidades malignas que utilizam a tecnologia para minar as nossas democracias. Trata-se de uma

nova forma de ameaça híbrida que nós, os parlamentos, temos de enfrentar em conjunto. A Europa tem a

capacidade de dar o tom a nível mundial, de liderar, e podemos fazê-lo à nossa maneira, de forma responsável.

É também este o espírito que pretendemos ver com a nossa resposta aos desafios da migração. É um momento

histórico, com os Estados-Membros a chegarem, finalmente, a acordo quanto ao caminho a seguir em matéria

de migração.

Mas esse momento histórico foi ofuscado por mais um naufrágio no Mediterrâneo — mais vidas perdidas nos

nossos mares, mais mães à espera de notícias que nunca chegarão. A urgência de chegar a acordo sobre as

pastas da migração e do asilo é real. Estou convicta de que podemos encontrar um caminho que respeite as

fronteiras e que seja justo e compassivo com quem precisa de proteção, que seja firme com quem não é elegível

e que seja forte contra os traficantes que exploram as pessoas mais vulneráveis no nosso planeta.

É essa a forma europeia de atuar e é essa a forma portuguesa de atuar. Não precisamos de reinventar a

roda, mas podemos aproximar o processo de decisão das pessoas, reforçar as ligações com os parlamentos

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