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7 DE JULHO DE 2023

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Srs. Deputados, eu não lhe chamaria saúde aberta e também não lhe chamaria saúde fechada. Chamar-lhe-

ia uma coisa muito mais simples: saúde para ricos e saúde para pobres.

Aplausos do PSD.

É por isso que o PSD cria uma agenda mobilizadora.

O Sr. Paulo Marques (PS): — Quanto é que custa a agenda?

O Sr. Pedro Melo Lopes (PSD): — Se a tudo isto juntarmos o envelhecimento da população, o aumento da

carga de doença, que é o que daí advém, a necessidade que vamos ter cuidados de saúde e cada vez menos

população ativa, vamos estar muito perto, daqui a 20 anos — e os estudos são da OCDE (Organização para a

Cooperação e Desenvolvimento Económico) —, de um absoluto ponto de insustentabilidade. É isso que me

preocupa.

O PSD teve um exercício de honestidade política que é de uma enorme grandeza. Vou dizer-vos porquê:

porque vem dizer aos portugueses, com esta agenda mobilizadora, onde é que vai estar daqui a 10 e daqui a

20 anos.

Isso obriga-me aqui a recentrar o debate. O debate, hoje, não é sobre as consultas e cirurgias, nem sobre os

milhões que o PS destrói na saúde. O debate, hoje, é sobre a cobertura universal que os senhores estão a

colocar em causa. O debate, hoje, é sobre uma das maiores conquistas de igualdade e de coesão social, que

está prestes a deixar de existir. O debate, hoje, é o desafio, a mudança de paradigma das políticas públicas em

que os senhores continuam a achar que isto funciona como uma indústria. Por mais cirurgias, mais dinheiro e

mais consultas que se gastem, está tudo bem, mas não está. Aquilo que os senhores não querem fazer é medir.

Atirámos 99 % do orçamento para reagir à doença e isso não está correto. É por isso que nós, o PSD, vimos

defender um modelo diferente. Esta aposta na promoção da saúde, que a Sr.ª Deputada vulgarizou, é muito

importante porque tem um objetivo junto das doenças que têm fatores de risco preveníveis, para que possam

ser intervencionadas.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Vocês chegam sempre atrasados!

O Sr. Pedro Melo Lopes (PSD): — Para terminar, Sr.ª Presidente, defendemos políticas que permitam

ganhar a batalha da qualidade de vida, políticas que permitam envelhecer de forma ativa e de forma saudável e

políticas de bem-estar social, aquilo com que os senhores deviam estar preocupados. É por isso que, com muito

orgulho, sou social-democrata: porque olhamos para a saúde como um instrumento que promove a igualdade

de oportunidades, que sempre defendemos e que sempre vamos salvaguardar.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado André

Ventura, do Grupo Parlamentar do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada, disse-nos que um dos exemplos de como o

PSD andava a promover a saúde foi a criação da secretaria de Estado.

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Pela primeira vez!

O Sr. André Ventura (CH): — Sr.ª Deputada, nós já estamos fartos de secretarias de Estado, de ministérios

e de projetos-piloto. Como disse, desses já temos muitos. Acredite que nós, à direita, reconhecemos uma coisa:

se há coisa em que o PS é campeão, é em comissões, projetos-piloto, ministérios e secretarias. Nisso o PS é

campeão! Nós não discutimos isso.

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I SÉRIE — NÚMERO 151 36 Aplausos do CH. Vozes do PS: —
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