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I SÉRIE — NÚMERO 151

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isso, o que é que o Partido Socialista está a fazer? Basta ver pelo exemplo das listas de espera de utentes para

médico de família. Está a afastar os profissionais.

Não adianta. Podemos ter paredes, mas as paredes não fazem consultas. Podemos ter paredes, mas as

paredes não fazem cirurgias. Podemos ter paredes, mas as paredes não dão pontos.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — É verdade!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Por isso, sem pessoas, aquelas que o PS está a afastar,…

O Sr. Luís Soares (PS): — Mais, Sr. Deputado? Mais?!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — … para gáudio da direita e para gáudio dos privados, isto não funciona.

Por isso, concluo, dizendo que, infelizmente, é o PS quem está a atirar para baixo o SNS, quando não tinha

nenhuma necessidade de o fazer.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helga Correia, do

Grupo Parlamentar do PSD.

A Sr.ª Helga Correia (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Sr. Deputado João Dias, Sr. Deputado

Pedro Filipe Soares, é preciso ter tamanho descaramento. Importa repor a verdade neste debate.

O Sr. João Dias (PCP): — Qual verdade?

A Sr.ª Helga Correia (PSD): — É uma mentira, como se comprova pelo Projeto de Lei n.º 261, apresentado

pelo Grupo Parlamentar do PSD em 1979, que teve como principal subscritor Francisco Sá Carneiro, no qual se

propunha a criação do Serviço Nacional de Saúde misto e inclusivo. É preciso ter tamanho descaramento, Sr.

Deputado.

Aplausos do PSD.

Sr. Deputado, é um descaramento, quando sabemos que o Partido Social Democrata teve responsabilidades

governativas — ouça, eu sei que dói — entre 1980 e 1995, ou seja, nos primeiros 15 anos de existência da

construção do Serviço Nacional de Saúde.

A Sr.ª Maria Emília Apolinário (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Helga Correia (PSD): — Pode consultar as atas, se tiver dúvidas, Sr. Deputado.

Aplausos de Deputados do PSD.

Protestos do Deputado do PCP João Dias.

Mas vamos recentrar-nos no debate que o PSD trouxe aqui hoje, para dizer que estes oito anos de

governação socialista conduziram o Serviço Nacional de Saúde a uma situação de pré-rutura e de contestação,

que se caracteriza pela incapacidade de resposta.

Senão, vejamos: o número de portugueses sem médico de família aumentou mais de 50 %, desde 2015; o

número de consultas médicas presenciais nos cuidados primários diminuiu 17 %, face a 2015; 583 000 utentes

aguardam primeira consulta médica hospitalar, mais de 11 % do que no ano passado; mais de 1600 pessoas

foram internadas inapropriadamente nos hospitais portugueses, em março, por falta de respostas da Rede

Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

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