O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 19

110

Não vivem no mesmo País onde ter médico de família é quase um luxo. Não vivem no mesmo País onde os jovens, para terem futuro, têm de emigrar. Não vivem no mesmo País onde, para ter uma consulta, têm de estar, às 3 ou 4 da manhã, à porta de um

centro de saúde. Não vivem no mesmo País onde a violência, particularmente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do

Porto, aumenta diariamente. Não vivem no mesmo País onde o mundo rural foi abandonado por Lisboa. Não vivem no mesmo País onde as pessoas se levantam às cinco ou seis da manhã para receber um

ordenado de miséria ao fim do mês. Não vivem no mesmo País onde existem milhares de sem-abrigo nas ruas. Não vivem no mesmo País onde os idosos, que trabalharam a vida toda, vivem com pensões de 300 € ou

de 400 €, tal como os nossos ex-combatentes. Aplausos do CH. Não vivem no mesmo País onde polícias, professores e profissionais de saúde são agredidos diariamente

sem uma única palavra deste Governo. Não vivem no mesmo País onde os alunos ficam meses e meses sem aulas a, pelo menos, uma disciplina. Conclusão, Sr.as e Srs. Deputados: não vivem no mesmo País que nós; vivem num país cor-de-rosa da

ilusão socialista. Sim, Sr. Primeiro-Ministro, e, sim, Sr. Ministro das Finanças, este é um Orçamento que aumenta impostos,

dá com uma mão, tira com a outra e ainda com uma terceira e, quem sabe, com uma quarta mão, porque do Partido Socialista tudo podemos esperar.

Sr. Ministro das Finanças, não seja negacionista. Este Orçamento aumenta impostos aos portugueses. Aplausos do CH. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Tem de concluir, Sr. Deputado. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Termino, Sr. Presidente. Este é o Orçamento dos ricos mais ricos e dos pobres mais pobres, é a história das contas certas e a

asfixia da classe média e das famílias mais pobres. Cofres cheios, povo na miséria — é isto que o Partido Socialista tem dado a Portugal.

Mas há um sítio onde o dinheiro não falta, num verdadeiro jackpot orçamental: 69 milhões de euros nos gabinetes dos ministérios! São 69 milhões gastos em gabinetes dos ministérios!

Aplausos do CH. Sr.ª Ministra Ana Mendes Godinho, o Chega defende pensões para quem trabalhou uma vida inteira. E,

sim, são um direito e não a miséria que o Governo Socialista se habituou a dar. A senhora e o seu Governo tratam os pensionistas como se estivessem a fazer-lhes um favor. Não está a fazer-lhes favor nenhum, Sr.ª Ministra!

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Tem mesmo de terminar, Sr. Deputado. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Termino, Sr. Presidente, dentro de alguns segundos. Sr. Primeiro-Ministro, eu sei, como todos sabemos, que o único partido que lhe causa incómodo dentro

deste Parlamento é o Chega. É normal! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Ou não!

Páginas Relacionadas
Página 0111:
2 DE NOVEMBRO DE 2023 111 O Sr. Pedro Pinto (CH): — Somos, claramente, a única opos
Pág.Página 111