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I SÉRIE — NÚMERO 19

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todos os partidos e o Governo, no final, façam a si próprios a pergunta: será que o nosso debate esteve à altura dos sonhos que estes e estas jovens têm para o País? Será que este debate esteve à altura de, pelo menos, responder a uma pergunta concreta que deve estar na cabeça de cada um de nós — e, se não tivermos resposta para ela, não estamos aqui a fazer nada —, que é: que visão temos nós para o futuro do País?

Da parte do Livre, a resposta é muito clara: queremos uma economia do conhecimento e uma sociedade radicalmente inclusiva, queremos um País em que quem tenha sonhos não veja cortadas as suas asas, queremos um País em que quem tenha capacidade, se for dinâmico, possa prosperar e queremos que essas pessoas sejam o motor que não deixa ninguém para trás. Ora, o teste de um Orçamento é perceber se ele nos deixa mais perto ou mais longe desse País.

Este Orçamento representa o fim de um ciclo em que, é verdade, o País fez um caminho importante na resolução de alguns equilíbrios financeiros. Este é um Orçamento que pensa em termos de excedente, em termos de crescimento, mas não é um Orçamento que prepare o País para dar esse salto, para que o País possa subir na escala de valor, para que o País não esteja eternamente no fundo da tabela dos salários médios dos países mais desenvolvidos da Europa, porque é isso, decisivamente, mais do que a conversa acerca da carga fiscal, que vai ou não reter estes jovens no nosso País.

Este é, essencialmente, o Orçamento para eles e elas saberem que os seus pais, as suas mães, os seus avôs e as suas avós podem entrar no hospital e ser atendidos, para saberem que, se vierem a ter um filho que necessite de uma educação especial, a escola pública será capaz de encaminhar esse filho ou essa filha pelo seu futuro, que lhes dê o mesmo futuro que nós, da geração a seguir ao 25 de Abril, tivemos com a construção do Estado social em Portugal, e, para isso, falta muito a este Orçamento.

Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, o Livre ontem reuniu a sua assembleia para deliberar sobre este Orçamento e,…

Vozes do CH: — Oh!… O Sr. Rui Tavares (L): — … tendo em conta que tinha sido da parte do Governo, de Ministros deste

Governo e do Primeiro-Ministro… Vozes do CH: — Oh!… O Sr. Presidente (Adão Silva): — Sr. Deputado, dê-me só um momento. Solicito que haja maior respeito uns pelos outros e, sobretudo, no momento em que o Sr. Deputado vai

dizer, seguramente, algo muito importante para todos nós. E, portanto, exijo que haja esse respeito e vou garanti-lo ao Sr. Deputado.

Queira prosseguir, Sr. Deputado. O Sr. Rui Tavares (L): — Permita-me acrescentar, Sr. Presidente, o seguinte: também se pede respeito

principalmente por quem veio assistir a este debate e esteve a assistir a ele atentamente, que viu, certamente, enquanto esteve a assistir atentamente, quem avilta permanentemente o trabalho parlamentar, achincalhando, assim, a democracia.

Aplausos do PS. Protestos do CH. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Peço ao Sr. Funcionário que está responsável pela contagem do tempo

das intervenções que acrescente mais 30 segundos ao tempo disponível para o Sr. Deputado Rui Tavares. Queira prosseguir, Sr. Deputado. O Sr. Rui Tavares (L): — Muito obrigado, Sr. Presidente.

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