I SÉRIE — NÚMERO 19
138
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Uma direita que não percebe isto não é confiável e não está,
naturalmente, preparada para governar. Aplausos do PS. O Sr. Bernardo Blanco (IL): — E a resposta?! O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, não contem connosco para prometer
aquilo que não podemos assegurar, com a segurança e a previsibilidade necessárias. Mas podem contar connosco para reforçar e valorizar os rendimentos; podem contar connosco para apoiar os mais jovens e os pensionistas; podem contar connosco para apoiar as empresas.
Este é mais um Orçamento ambicioso, mas é apenas mais um passo no caminho que estamos a trilhar desde 2015. As nossas reformas não se esgotam neste Orçamento. Mas este Orçamento é um passo decisivo para a concretização das reformas de que Portugal precisa.
Estamos, como sempre, lado a lado com os portugueses e contamos com todas as forças democráticas deste Hemiciclo para melhorar a proposta de Orçamento do Estado em sede de especialidade. Ao contrário de outras maiorias absolutas neste Parlamento, somos e continuaremos a ser uma maioria de diálogo que, no entanto, não deixará de cumprir o programa com que fomos eleitos: o Programa Eleitoral do Partido Socialista, que foi aquele que o povo sufragou.
Aplausos, de pé, do PS. O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate em nome do Governo, tem a palavra o Sr. Ministro das
Infraestruturas, João Galamba. O Sr. Rui Rocha (IL): — Ó valha-nos Deus! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Guardem os computadores! Chamem o SIS (Serviço de
Informações de Segurança)! O Sr. Ministro das Infraestruturas (João Galamba): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os tempos
mais recentes têm sido marcados por contextos particularmente exigentes. Episódios geopolíticos de tensão entre Estados e de conflitos armados constituem uma ameaça à paz e à vida de milhões de seres humanos. Estes episódios têm afetado também a estabilidade dos mercados internacionais e das cadeias logísticas, criando um cenário económico adverso, impactado por uma inflação galopante e pela subida das taxas de juro.
A política orçamental do Governo tem sido, por esse motivo, cautelosa e responsável, mas sempre ciente da necessidade de garantir o reforço do rendimento das famílias e o crescimento económico presente e futuro.
Pela primeira vez na nossa história recente, temos sido capazes de, simultaneamente, aumentar o salário mínimo e melhorar o salário médio; reduzir a taxa de desemprego para metade; reforçar as pensões e outras prestações sociais; investir no Estado social e responder com apoios de emergência; aumentar o investimento; apresentar crescimento económico sistematicamente acima da média europeia, com exceção dos dois anos de pandemia; e melhorar as finanças públicas.
Sim, conseguimos uma redução credível e consistente da dívida pública em percentagem do PIB, o que tem elevado sucessivamente o rating da República, reduzido a despesa com juros e melhorado as condições de financiamento da economia portuguesa, no setor público e no setor privado.
Aplausos do PS. O Orçamento do Estado para 2024 pretende continuar a dar resposta à multiplicidade de desafios que
enfrentamos e deve, portanto, ser avaliado enquanto estratégia global, devidamente ponderada, mas também