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I SÉRIE — NÚMERO 10

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Protestos de Deputados do PSD e contraprotestos de Deputados do CH.

Sei que não é o vosso escalão de IRS, sei que não é, mas é o de muitos que nos estão a ver e que dizem:

«Eu, que ganho 900 €, quanto é que vou ter a mais?» Do Governo, umas folhas de papel. «E eu, que ganho

1000 €?» Umas folhas de papel. «E eu, que ganho 1200 €?» Umas folhas de papel. «E eu, que ganho 1400 €?»

Umas folhas de papel. «E eu, que ganho 7000 €?» Uma pipa de massa!

Protestos de Deputados do PSD.

Isto é um erro estrutural desta proposta.

Por isso, deixe-me dizer-lhe, Sr. Ministro das Finanças, cara a cara, para que o País saiba: se assim se

mantiver, eu lamento dizê-lo, mas o Chega não poderá acompanhar a vossa proposta de alívio fiscal, não poderá

acompanhar.

Aplausos do CH.

E custa ouvir isto, e os senhores deviam envergonhar-se disto, de chegarmos a um ponto do debate em que

o País veja que a proposta do Partido Socialista se arroga de dizer que os senhores não serviram para nada.

O Sr. Carlos Reis (PSD): — Vergonha!

O Sr. André Ventura (CH): — Deviam ter vergonha de chegar a um debate sobre alívio fiscal e estes

senhores do Partido Socialista dizerem: «Esta nossa proposta é muito melhor do que a vossa.»

Protestos de Deputados do PSD.

Só que, Srs. Deputados, na escolha entre cores partidárias ou ideologias e os bolsos dos portugueses,

saibam uma coisa: o Chega estará sempre, a cada dia e sem medo, ideologias à parte, ao lado do bolso de

quem ganha menos e ao lado dos portugueses. Esta é a política certa e este é o caminho que faremos.

Aplausos do CH.

Protestos de Deputados do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Pereira, do Grupo Parlamentar do Partido

Socialista, para uma intervenção.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Parecem uns histéricos a gritar!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro e restantes Membros do Governo: Gostava de

começar esta intervenção a dizer que, no fim deste debate, pelo menos na última intervenção do Partido

Socialista, há algumas matérias que merecem ser clarificadas.

A primeira, que me parece muito relevante, é que, mais um debate — porque é verdade, existiram muitos

debates sobre este tema da redução do IRS até chegarmos aqui — e o Governo, o Sr. Ministro das Finanças,

não teve a decência, permitam-me dizê-lo assim, de clarificar a sua proposta de IRS.

E é preciso clarificar, porque quase todos os partidos disseram isso, que fica claro que o povo português

também já sabe, que todos os Deputados já perceberam que a proposta fiscal do PSD é metade, ou três quartos

de proposta fiscal do PS e o resto proposta fiscal do PSD. Ou seja, a vossa proposta fiscal, que supostamente

era uma grande redução de IRS, é uma pequena redução de IRS acoplada a uma grande redução de IRS do

Partido Socialista.

Vozes do PS: — Muito bem!

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