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I SÉRIE — NÚMERO 10

72

Pausa.

Encerramos, então, o período de verificação de quórum, com 223 Sr.as e Srs. Deputados registados. Vamos,

pois, dar início às votações.

Temos, em primeiro lugar, a votação do Projeto de Voto n.º 13/XVI/1.ª (CH) — De pesar pelo falecimento de

Pedro Cruz. Peço ao Sr. Secretário Jorge Paulo Oliveira o favor de o ler.

O Sr. Secretário (Jorge Paulo Oliveira): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte

teor:

«Serve este voto para evocar a memória do jornalista Pedro Cruz, uma das vozes jornalísticas mais distintas

e corajosas que Portugal agora perdeu.

Pedro Cruz, notável jornalista da TSF, da SIC e do Diário de Notícias, e diretor do grupo Global Media, faleceu

aos 53 anos, vítima de doença prolongada.

O jornalista estava internado no hospital CUF Tejo, em Lisboa, onde lutava contra a doença.

Nascido na Póvoa de Varzim, formado na Escola Superior de Jornalismo do Porto e professor de aulas de

Rádio e Televisão, na Universidade Católica Portuguesa, Pedro Cruz iniciou a sua carreira jornalística aos 21

anos e trabalhou inicialmente em rádios locais, antes de se juntar à equipa da SIC no Porto.

Durante 14 anos foi uma peça fundamental da redação, assumindo as funções de coordenador de diversos

programas e, mais tarde, subdiretor de informação.

Em 2021, transitou para a TSF, onde trabalhou como diretor executivo durante dois anos, antes de assumir

o cargo de diretor no grupo Global Media.

Ao longo da sua carreira, Pedro Cruz tornou-se uma referência incontornável do jornalismo em Portugal,

sendo conhecido não apenas pela sua capacidade de conduzir e coordenar programas de informação, mas

também pela sua coragem e dedicação na cobertura de conflitos globais.

Efetivamente, foi um dos primeiros jornalistas portugueses a fazer reportagem no terreno nas primeiras

semanas da guerra na Ucrânia, trazendo relatos vívidos e profundamente humanos que aproximaram os

portugueses das realidades muitas vezes distantes dos campos de batalha.

Este seu trabalho também o havia transportado a zonas de conflito em lugares tão diferentes como o Kosovo,

a Síria, a Albânia, o Haiti e o Líbano, onde a sua postura incisiva e empática ajudou a moldar a compreensão

pública sobre as crises internacionais que se desenrolavam naquelas paragens.

Mais recentemente, Pedro Cruz desempenhou, igualmente, o papel de documentador na CNN de Portugal.

Pedro Cruz será lembrado não apenas como um jornalista excecional, mas como um mentor e inspirador

para muitos que tiveram o privilégio de trabalhar ao seu lado.

A sua morte é uma perda irreparável para o jornalismo português e internacional, mas o seu legado e os

padrões que estabeleceu continuarão, decerto, a influenciar futuras gerações de jornalistas.

Neste momento de luto, não se pode deixar de recordar que o seu compromisso com a verdade e a sua

coragem em dar voz aos sem voz, permanecerão como um símbolo efetivo da integridade jornalística.

Pelo exposto, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu sentido pesar pelo

falecimento de Pedro Cruz e transmite as mais profundas condolências aos seus familiares, colegas e amigos.»

É tudo, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente (Teresa Morais): — Muito obrigada, Sr. Secretário.

Srs. Deputados, vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser lido.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

Prosseguimos com o Projeto de Voto n.º 14/XVI/1.ª (CH) — De pesar pelo falecimento de Ricardo Peres, que

peço à Sr.ª Secretária Joana Lima para ler.

A Sr.ª Secretária (Joana Lima): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte teor:

«Serve este voto para evocar a memória do ator Ricardo Peres, que integrou o grupo Commedia a La Carte,

o qual se dedicava ao humor de improviso, tendo representado o ponto alto da carreira deste ator.

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