O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 21

28

O Sr. Primeiro-Ministro já aqui disse que continuar a testar a semana de quatro dias não é prioridade, mas

nós não percebemos isso. O Governo diz que se preocupa com a saúde mental, com a conciliação da vida

profissional e da vida familiar, e que até quer melhorar a produtividade. Se assim é, como é que abdicam de

continuar a testar a semana de quatro dias?

O Sr. Jorge Pinto (L): — Bem lembrado!

A Sr.ª Isabel Mendes Lopes (L): — É que têm aqui uma ferramenta que permite que as pessoas tenham mais tempo, estejam mais descansadas, durmam melhor, tenham mais tempo para a família e amigos. É uma

ferramenta de combate à solidão, que nós sabemos que é um problema tão grande em Portugal. E nós,

simplesmente, nem estamos a propor já e imediatamente a semana de quatro dias, mas apenas que se continue

a testar, para percebermos o que implica na organização do trabalho, na organização da sociedade. É que nós

temos a obrigação de usar a evolução tecnológica a nosso favor. E é uma irresponsabilidade e uma falha ao

País não continuar a testar a semana dos quatro dias.

Mas o tempo não é apenas o tempo em que nós trabalhamos, é também o tempo em que temos o direito a

descansar de uma forma mais prolongada. E o direito a férias foi uma conquista fundamental. Desde 1978 que

o direito a férias está consagrado na Constituição portuguesa e, desde então, tem havido alguns avanços, mas

também alguns recuos.

Não podemos ficar para trás. Nós precisamos de aprofundar o Estado social como o conhecemos. Por isso,

o Livre volta a trazer um projeto de lei que foi aprovado por unanimidade na anterior Legislatura, mas que depois

caducou, de consagração do mínimo de 25 dias de férias para todos os trabalhadores. E acrescentamos mais:

também o direito a férias pagas nos estágios.

Mas é preciso ir mais além. É também uma questão de justiça social equiparar o setor privado ao setor

público. E por isso defendemos o limite de 35 horas semanais de trabalho também no setor privado, para que

todas as pessoas consigam ganhar uma hora por dia e chegar a casa mais cedo.

Nós vivemos tempos desafiantes e precisamos de respostas à altura. Precisamos de respostas que garantam

aos trabalhadores tempo para desligar e tempo para existir, tempo para conciliar a vida profissional com a vida

pessoal, tempo para si, tempo para fazer desporto, para descansar, tempo para pensar, tempo para se qualificar,

tempo para viver, tempo para ter qualidade de vida, que depois tem tanta implicação também na maneira como

trabalham e na sua produtividade, nos índices de satisfação e nos menos erros que fazem. Por isso, Sr.as e Srs.

Deputados, já é tempo de dar a quem trabalha tempo para viver.

Aplausos do L e do BE.

O Sr. Presidente (Diogo Pacheco de Amorim): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Almeida, do CDS.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: «Vida boa» é o mote deste debate agendado pelo Bloco de Esquerda, e há duas maneiras de abordarmos este debate.

Podíamos ir apenas ao conteúdo de algumas das iniciativas que o Bloco de Esquerda nos traz e aí

desmontarmos o contra-ataque ao alojamento local para que os empreendedores em Portugal não tenham a

oportunidade que devem voltar a ter, depois da governação socialista, de desenvolver os seus negócios,

reabilitar os centros das cidades e dinamizar a vida dessas cidades; da moratória aos empreendimentos

turísticos, que a única coisa que faria era destruir aquele que é o setor que neste momento mais emprego cria

e mais contribui para o produto interno bruto (PIB); ou sobre o ataque que fazem também ao arrendamento e

ao mercado de arrendamento, querendo congelar ou agravar ainda mais o congelamento de rendas.

Mas, como o mote é «vida boa», vale a pena discutir a possibilidade de este debate ter tido uma intenção

filosófica positiva. E, sim, é possível ter vida melhor em Portugal. Nós vamos olhar, então, para dois indicadores,

que são qualitativos, nem sequer são quantitativos, do que pode ser uma vida boa.

Começamos pelo Índice de Felicidade. Quais são os países que estão na liderança do Índice de Felicidade?

Vamos ver três países da União Europeia. O 1.º é a Dinamarca, o 2.º é a Suécia, o 6.º são os Países Baixos.

Páginas Relacionadas
Página 0005:
23 DE MAIO DE 2024 5 férias, à verificação das condições de trabalho de quem está e
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 21 6 Ora, a nossa escolha é outra. Escolhemos descer
Pág.Página 6
Página 0007:
23 DE MAIO DE 2024 7 Portanto, vão acompanhar as propostas que garantem às pessoas
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 21 8 Criar um limite, impondo quotas, seria empurrar para a
Pág.Página 8
Página 0009:
23 DE MAIO DE 2024 9 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — A prioridade da Iniciativa Lib
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 21 10 Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Para
Pág.Página 10
Página 0011:
23 DE MAIO DE 2024 11 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado,
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 21 12 A Sr.ª Carla Barros (PSD): — E o que é que fiz
Pág.Página 12
Página 0013:
23 DE MAIO DE 2024 13 O Sr. Pedro Pinto (CH): — A Isabel Moreira não bateu p
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 21 14 Protestos do Deputado do CDS-PP João Pinho de
Pág.Página 14
Página 0015:
23 DE MAIO DE 2024 15 Com este PS há mesmo soluções. Aplausos
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 21 16 O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento,
Pág.Página 16
Página 0017:
23 DE MAIO DE 2024 17 O Sr. Pedro Pinto (CH): — É isso que vocês têm chumbad
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 21 18 O Sr. Miguel Matos (PS): — O Sr. Deputado estava agor
Pág.Página 18
Página 0019:
23 DE MAIO DE 2024 19 O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, não há diálogo. O
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 21 20 O Sr. Miguel Matos (PS): — Peço a palavra, Sr. Presid
Pág.Página 20
Página 0021:
23 DE MAIO DE 2024 21 A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Não, não é! O Sr. Carlo
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 21 22 O Sr. Presidente: — Dou então a palavra ao Sr. Deputa
Pág.Página 22
Página 0023:
23 DE MAIO DE 2024 23 O Sr. Rui Afonso (CH): — E o pior é que, tendo sido criado de
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 21 24 Em terceiro lugar, olhando para os países que citou,
Pág.Página 24
Página 0025:
23 DE MAIO DE 2024 25 O Sr. Presidente (Diogo Pacheco de Amorim): — Para responder
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 21 26 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Regras ambientais! <
Pág.Página 26
Página 0027:
23 DE MAIO DE 2024 27 O Sr. Pedro Pinto (CH): — O ano inteiro! O Sr.
Pág.Página 27
Página 0029:
23 DE MAIO DE 2024 29 Portugal aparece no Índice de Felicidade em 55.º lugar. Depoi
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 21 30 O Sr. Presidente (Diogo Pacheco de Amorim): — A inter
Pág.Página 30
Página 0031:
23 DE MAIO DE 2024 31 que acredita e se revê nas suas instituições democráticas, no
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 21 32 assumir no Programa do Governo, e a decisão de ser a
Pág.Página 32
Página 0033:
23 DE MAIO DE 2024 33 No final do dia, este trabalhador não terá mais do que a libe
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 21 34 sério da parte do PSD dizer assim: «Aquilo que está b
Pág.Página 34
Página 0035:
23 DE MAIO DE 2024 35 A Sr.ª Isaura Morais (PSD): — O PS teve 3050 dias para
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 21 36 horários, de bancos de horas e de uma cultura de cone
Pág.Página 36
Página 0037:
23 DE MAIO DE 2024 37 O Sr. Paulo Edson Cunha (PSD): — De uma assentada, o B
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 21 38 Sobre propostas, nós estamos a falar de uma proposta
Pág.Página 38
Página 0039:
23 DE MAIO DE 2024 39 Aplausos do CH. Sr. Presidente, essa, si
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 21 40 A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Sr
Pág.Página 40
Página 0041:
23 DE MAIO DE 2024 41 Deputados, honrar os compromissos é honrar aquilo que, em sed
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 21 42 A Sr.ª Paula Margarido (PSD): — Naqueles projetos pre
Pág.Página 42
Página 0043:
23 DE MAIO DE 2024 43 O Sr. Pedro Pinto (CH): — Falou à Chega! Assim é que é!
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 21 44 Vozes do PS: — Muito bem! A Sr.ª Ana C
Pág.Página 44
Página 0045:
23 DE MAIO DE 2024 45 O Sr. António Filipe (PCP): — O aumento dos preços das rendas
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 21 46 públicos? É aumentarmos os atrasos dos serviços públi
Pág.Página 46
Página 0047:
23 DE MAIO DE 2024 47 Vejamos, sim, o que é que aconteceu no passado e é típico de
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 21 48 A Sr.ª Sandra Ribeiro (CH): — … estando 72 % da ofert
Pág.Página 48
Página 0049:
23 DE MAIO DE 2024 49 Pensei ainda dizer que o turismo é responsável por 16 % do PI
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 21 50 O Sr. Jorge Pinto (L): — Não, não! Não foi o S
Pág.Página 50
Página 0051:
23 DE MAIO DE 2024 51 para não sermos expulsos de uma casa onde vivemos. Por exempl
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 21 52 O Bloco de Esquerda é useiro e vezeiro em apresentar
Pág.Página 52
Página 0053:
23 DE MAIO DE 2024 53 o que nós precisamos é que a vida floresça nas nossas cidades
Pág.Página 53