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23 DE MAIO DE 2024

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o que nós precisamos é que a vida floresça nas nossas cidades e vilas e que as mesmas estejam cheias de

dinâmica e não esvaziadas pelo turismo.

Srs. Deputados do PSD, queria recordar-vos que a Caixa Geral de Depósitos já tem ingerência do Estado,

pois é, na verdade, um banco público. Mas as portuguesas e os portugueses perguntam-se: porque precisa o

banco público de ter mais de 1000 milhões de euros de lucro quando pratica uma política de crédito à habitação

igual à da banca privada?

Um banco público deve garantir que as portuguesas e os portugueses conseguem ter acesso a um crédito à

habitação que consigam pagar com o seu salário. É de bom senso que se trata.

Aos Srs. Deputados do Chega, uma nota:…

O Sr. Filipe Melo (CH): — Calma, calma!

O Sr. Fabian Figueiredo (BE): — … há uma dicotomia, sim, entre a vida familiar e a vida laboral e é isso que nós queremos resolver, e resolve-se olhando para os melhores exemplos: a produtividade aumentou, não

diminuiu com a semana de quatro dias.

Protestos do Deputado do CH Filipe Melo.

Ao contrário do que já se disse nesta Câmara no passado — e a vida provou o contrário! —, a abolição de

feriados não aumentou a produtividade, mas mais tempo para viver, para descansar, dinamiza a economia e

aumenta a produtividade.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, casas para morar e tempo a viver, é tão simples quanto isto. O que é

que nos impede de o alcançar? O País tem quase 6 milhões de apartamentos e moradias. Porque é que não

chegam para toda a gente?

Quem vive e trabalha em Portugal tem de conseguir pagar com o seu salário uma casa para viver. As casas

não podem continuar a ser capturadas para a especulação. Quem diz que o mercado resolve está a faltar aos

factos. O mercado sem regras é a instabilidade total na vida de quem trabalha. São milhares de famílias

pressionadas pelos juros do crédito à habitação e pela subida das rendas, são bairros inteiros desalojados pelo

turismo, são jovens que não conseguem sair de casa dos pais. A vida a que temos direito não é isto, merecemos

outra, uma vida boa, com casa e tempo para viver. É um objetivo justo e perfeitamente alcançável.

Tarefas que no passado tardavam horas, hoje são feitas em poucos minutos. Então, porque trabalhamos

tanto tempo? Não tem de ser assim! O desenvolvimento tecnológico dos últimos 40 anos, com um

impressionante aumento de produtividade, tem sido capturado por uma minoria de donos disso tudo. Quem

trabalha, quem produz, recebe apenas uma pequena parte da riqueza que é produzida. O progresso tem de ser

devolvido a quem trabalha, devolvido em salário, em serviços públicos, em tempo, em tempo livre.

Não podemos ter vidas adiadas: o café que não se concretiza; o tempo que falta para a família; o passeio

que nunca acontece; o tempo para descansar, para estar com quem se gosta. Mais liberdade, mais qualidade.

Não pode ser mais viável enviar milionários para o espaço do que ter uma casa para morar e a sexta-feira livre.

Vida boa para quem trabalha é futuro. Viva a liberdade! Viva o tempo para viver!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, terminado o debate, vamos passar às votações. Peço aos serviços para abrirem o sistema de verificação do quórum.

Se alguém não conseguir registar-se, agradeço o favor de o comunicar à Mesa.

Pausa.

A Mesa tem indicação de que os Srs. Deputados Rui Afonso, do Chega, Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal,

Ana Catarina Mendonça Mendes, António Mendonça Mendes e Carlos Brás, do PS, não conseguiram registar-

se.

Temos quórum. Peço a atenção dos Srs. Deputados para ver se a votação corre de forma fluida.

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