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7 DE OUTUBRO DE 2024

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Peço à Sr.ª Secretária Joana Lima o favor de o ler.

A Sr.ª Secretária (Joana Lima): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte teor:

«Faleceu aos 83 anos, no passado dia 27 de setembro, em Paris, o Embaixador João Diogo Nunes Barata.

Nascido em Cabinda, em Angola, a 21 de agosto de 1941, João Diogo Correia Saraiva Nunes Barata

licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1958. Aprovado no concurso de admissão aos lugares

de adido de legação, aberto em outubro de 1963, ingressou na carreira diplomática, no Ministério dos Negócios

Estrangeiros, em 1964.

Ao longo da sua carreira, desempenhou de forma competente, nobre e exemplar funções diversas nas mais

variadas representações diplomáticas de Portugal no mundo, entre as quais se destaca as de: Representante

Permanente Adjunto, em 1977, e Conselheiro de Embaixada, em 1979, na Missão Permanente junto do

Conselho da Europa, em Estrasburgo; em Rabat, com credenciais de embaixador, em 1986; embaixador em

Roma, em 1993; Representante Permanente junto da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação

e a Agricultura), em 1993; embaixador não residente no Chipre e em Malta, em 1994, e em San Marino, em

1995; embaixador em Berlim, em 1999, em Moscovo, em 2002, e em Bruxelas, de 2004 a 2006.

Além destas, desempenhou outros relevantes cargos para o País: foi adjunto da Junta de Salvação Nacional,

em 26 de abril de 1974, e adjunto-diplomático no gabinete civil do Presidente da República, António de Spínola,

no mesmo ano; assessor diplomático do Primeiro-Ministro, em 1983; chefe do gabinete do Presidente da

República Mário Soares, em 1986; e vogal do Conselho das Ordens Nacionais, por alvará do Presidente da

República, em 1987.

O Embaixador João Diogo Nunes Barata foi um dos melhores e mais qualificados diplomatas da sua geração.

Conhecido pela sua inteligência, cultura e grande sentido de interesse do Estado, serviu a República com brio

e excelência, deixando assim uma marca indelével na diplomacia portuguesa.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo e sentido pesar

pelo falecimento do Embaixador João Diogo Nunes Barata e endereça à família, amigos e colegas as suas mais

sentidas condolências.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser

lido.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

Segue-se o Projeto de Voto n.º 360/XVI/1.ª (apresentado pela Comissão de Cultura, Comunicação,

Juventude e Desporto) — De pesar pelo falecimento de Rogério de Carvalho.

Peço ao Sr. Secretário Gabriel Mithá Ribeiro o favor de o ler.

O Sr. Secretário (Gabriel Mithá Ribeiro): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte

teor:

«Rogério de Carvalho faleceu no passado dia 21 de setembro.

Nascido em 1936, em Gabela, Angola, iniciou a sua carreira como aluno do Conservatório Nacional de

Lisboa.

Estreou-se no Teatro D. Maria II, em 1967, dedicou quase 60 anos da sua vida ao teatro, encenando dezenas

de textos de autores muito diversos, desde autores clássicos até autores contemporâneos. Trabalhou com e em

vários teatros e companhias, onde destacamos o Teatro da Palavra e a Companhia de Teatro de Almada.

Entre as suas obras mais emblemáticas, destaca-se a encenação da peça Os Negros, de Jean Genet,

apresentada no Teatro Nacional São João, em 2006, que revolucionou o palco ao trazer uma reflexão poderosa

sobre as questões raciais e sociais. Revisitou com frequência o autor contemporâneo Howard Barker.

«Barker…», disse Rogério de Carvalho, em entrevista, quando em 2015 estreou o seu texto As Possibilidades,

«…é um autor de uma atualidade muito grande […]. Muito rapidamente transpomos o que é representado para

as muitas situações de violência que atingem o mundo, como os conflitos no Médio Oriente e a morte dos

migrantes africanos no mar».

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