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I SÉRIE — NÚMERO 71

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que o elevador social está estagnado e que, hoje, ter um curso superior já não é sinónimo de ter um emprego

estável ou de ter um salário digno? Quando é que alguém vai ter coragem de dizer que, no país dos sociólogos

e dos antropólogos, escasseiam cada vez mais as profissões técnicas — os serralheiros, os eletricistas, os

canalizadores —, tão necessárias ao nosso País?

Aplausos do CH.

Quando é que vamos conciliar a oferta do ensino superior com as oportunidades e as reais necessidades do

nosso País? Meus senhores, não é a imigração que vos vai salvar da vossa própria incompetência.

Um bom Natal.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Tavares, do Livre, que dispõe

de 3 minutos.

O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este debate é um bom exemplo do que

acontece quando não se reconhece uma verdadeira emergência.

A crise da habitação é uma verdadeira emergência. O seu impacto nas famílias e, acima de tudo, nos

estudantes deslocados, constitui uma verdadeira emergência que deveria ter merecido, desde o início, ações

decisivas por parte do Estado.

Tivemos um debate em setembro de 2022 sobre este mesmo tema e a solução que propôs o Livre — que,

na altura, foi desvalorizada pela Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior — foi que, no centro das

cidades, onde temos quartéis esvaziados, tribunais e ex-hospitais civis que podem ser transformados em

residências universitárias, algumas vezes de forma bastante expedita, isso fosse feito.

Mais, propusemos que isso fosse visto a ser feito, que as pessoas percebessem que havia uma ação decisiva

por parte do Estado para ajudar as pessoas.

Não acontecendo, enredámo-nos numa sequência de regimes jurídicos de apoios aqui e acolá, feitos, enfim,

para ir gerindo o que já era uma situação de emergência sem reconhecer o potencial que ela tinha de disrupção

social.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Era o PS!

O Sr. Rui Tavares (L): — Depois, acabamos nesta situação em que temos um veto presidencial antes do

início do ano letivo, que é aqui discutido já no fim do ano, na última sessão antes do recesso natalício, sobre um

regime jurídico novo que devia entrar em vigor a 1 de janeiro.

Evidentemente, o Livre apoiará todas as iniciativas que se dispõem a alargar estes apoios, porque, ao

contrário do que disseram alguns Deputados e Deputadas da direita, neste momento até a classe média precisa

de apoios para que os seus filhos possam deslocar-se e continuar a estudar. E, enquanto não houver soluções

de quartos em residências construídas pelo Estado, isto não pode ser deixado simplesmente nas mãos do

mercado.

No entanto, não podemos fazer de conta que não vemos o que se passa no País político, dentro desta Casa

e lá fora.

O que vemos é que, hoje em dia, temos uma política completamente dominada por aqueles que se limitam

a gerir perceções para a opinião pública e para a agenda mediática e não a resolver os verdadeiros problemas.

O Sr. Paulo Muacho (L): — Muito bem!

O Sr. Rui Tavares (L): — Vimos, ainda ontem, o PSD a votar, com a extrema-direita, propostas que ainda

há pouco tempo escandalizariam o próprio PSD.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Era do PS! Fotocópia do PS!

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