O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2 DE ABRIL DE 1986

1766-(221)

na Comissão de Educação, Ciência e Cultura — ou mal-entendidos com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, antes pelo contrário, o que existe neste momento é uma possibilidade mais real de diálogo e estão em curso encontros entre os serviços correspondentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Secretaria de Estado da Cultura no sentido de rentabilizar as verbas, que não são muitas, que existem nos vários departamentos. Até agora só tem havido planos de actividades descoordenadas com uma fraca rentabilização das verbas que existiam. O que neste momento se passa é que os dois departamentos estão a tentar utilizar as verbas através de um plano integrado de acção.

Relativamente aos países de língua portuguesa as principais actividades — e digo principais porque não vou entrar aqui em pormenores — destinam-se a vitalizar os centros culturais que existem perto das embaixadas e à realização de feiras do livro. A intenção destas feiras era de que as verbas resultantes delas fossem reafectadas na compra de livros. Estamos a tentar encontrar soluções de encontro de contas entre Portugal e esses países para que essas compras possam continuar a processar-se.

Também queria lembrar que, para além da Secretaria de Estado da Cultura e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, existe outro departamento do Estado, o Instituto de Cultura Portuguesa, que prossegue objectivos afins e, portanto, também contribui para a actividade nesta área. *

Relativamente às questões formuladas pelo Sr. Deputado José Manuel Mendes, queria dizer que não há euforia na Secretaria de Estado da Cultura relativamente às verbas. Existe a noção de que elas foram aumentadas, mas, mesmo assim, e como é evidente, estão longe de serem suficientes, sobretudo se pensarmos em atender a todas as questões que aqui foram levantadas de uma maneira muito pontual. E como tive ocasião de afirmar no outro dia no Plenário, nem que o aumento fosse do 100% não havia verbas que chegassem por essa ordem de ideias. Tentámos apenas afectá-las da maneira que nos pareceu mais eficaz.

Analisando as questões pontualmente, o Sr. Deputado falou-me nas horas extraordinárias. Posso dizer--Ihe que, em muitos casos, elas destinam-se a assegurar o pagamento de pessoal de museus e outros serviços de segurança de instituições deste tipo.

Quanto à aquisição de serviços, tenho um documento com a justificação, serviço a serviço, discriminação, por departamentos, das verbas de aquisição de serviços não justificados. Posso deixar este documento aqui para não estarmos agora a ver tudo ponto a ponto.

No que respeita às transferências de instituições particulares, este tipo de despesas destina-se a atender, através de subsídios, a muitas associações culturais espalhadas pelo País. Penso que isto significa que a cultura não se pratica na Avenida da República e justamente, se tivermos em atenção a necessidade de ir ao encontro do país real, esta é uma forma bastante legítima de fazer com que as iniciativas que espontaneamente se desenvolvem através de associações, centros culturais, etc, possam desenvolver-se sem que haja uma excessiva interferência por parte desta Secretaria de Estado.

Relativamente ao Instituto Português do Livro, o Sr. Deputado falou num apoio à preparação de edições. O Instituto Português do Livro continua a apoiar este tipo de iniciativas (é o caso das obras de Gomes Leal

e de José Régio). Queria também dizer que o IVA não se aplica nos livros e este ano o apoio às edições, de uma maneira geral, vai processar-se um pouco segundo os critérios que foram aplicados nos anos.anteriores.

O relatório que me foi presente aponta para outras soluções no campo de apoio às edições que me parecem mais realistas e mais eficazes. Em vez de se apoiarem pontualmente certas obras, o que obviamente implica alguma arbitrariedade na sua selecção, pretenderia que esse apoio fosse canalizado para planos editoriais, não apenas como subsídio a fundo perdido, mas também considerando modalidades de empréstimos a editores.

Ainda a propósito das edições, até agora o critério adoptado tem sido o de privilegiar neste apoio o património literário. Penso que as editoras têm uma acção muito mais' alargada do que o livro literário e tender--se-ia também para apoiar a edição de uma maneira geral, considerando-a como um investimento cultural.

Relativamente à promoção do livro no estrangeiro vou dar alguma atenção a este ponto, valorizando a presença em feiras do livro, que serão uma das formas de penetração mais eficaz. Por outro lado, as traduções de obras têm sido apoiadas no estrangeiro. Evidentemente que nalguma parte elas correspondem a iniciativas do Instituto Português do Livro, mas também temos de pensar que a actividade editorial no estrangeiro tem as suas regras e, portanto, há o próprio interesse dos editores, o que explica algumas das edições que têm aparecido. O Instituto Português do Livro também tem ido ao encontro das iniciativas editoriais, mas não tem sido apenas ele a promover as traduções no estrangeiro.

Quanto a Cesário Verde, neste momento o que lhe posso dizer, Sr. Presidente, é que a Biblioteca Nacional irá comemorar o seu centenário no âmbito das suas actividades e os orçamentos naturalmente não são tão detalhados que atendam de uma maneira tão discriminada a todas as acções que se podem imaginar. Naturalmente que, apesar de tudo, existem algumas verbas disponíveis para iniciativas que venham a ser promovidas relativamente às comemorações de Cesário Verde.

Em relação às comemorações de Fernando Pessoa as verbas que estavam afectas à comissão estão efectivamente exauridas, porque ela cumpriu o seu programa, mas subsiste ainda a questão da edição crítica das obras completas de Fernando Pessoa. Neste momento ainda não tenho o plano de despesas que esta iniciativa envolve, mas existem no Fundo de Fomento Cultural verbas que penso que poderão atender a esta iniciativa.

Quanto à questão das revistas que o Sr. Deputado mencionou, confesso que não me recordo de ter falado das revistas no Plenário.

Relativamente à animação cultural (Direcção-Geral da Acção Cultural) existem verbas num total de 110 000 contos, aproximadamente, que se distribuem por acções de formação descentralizada de animadores, apoio à formação, por iniciativa externa, de outros centros culturais, que também dispõem de animadores, apoio a acções das associações culturais, apoio a centros culturais, colaboração cultural com autarquias e recintos para manifestações culturais.

Há também aqui algumas verbas que estão inscritas no PIDDAC, cerca de 40 000 contos —não sei se esta verba está corrigida—, destinadas a apoio a iniciativas das autarquias e de descentralização.

Páginas Relacionadas
Página 0149:
II Série — 3.º Suplemento ao n.º 47 Quarta-feira, 2 de Abril de 1986 DIÁRIO da
Pág.Página 149
Página 0150:
1766-(150) II SÉRIE — NÚMERO 47 Secretaria de Estado, nomeadamente o Instituto Portug
Pág.Página 150
Página 0151:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(151) andamento desse projecto e que incentivos à reestrutura
Pág.Página 151
Página 0152:
1766-(152) II SÉRIE — NÚMERO 47 feitamente compreendida a minha questão e para que me
Pág.Página 152
Página 0153:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(153) timing determinado, seis meses ou um ano, no máximo, em
Pág.Página 153
Página 0154:
1766-(154) II SÉRIE - NÚMERO 47 Relativamente ao Sr. Deputado Octávio Teixeira já res
Pág.Página 154
Página 0155:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(155) tivos ao desenvolvimento da actividade industrial, não
Pág.Página 155
Página 0156:
1766-(156) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presidente: — Sr. Secretário de Estado, tem a p
Pág.Página 156
Página 0157:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(157) tosas —, julgo que o processo orçamental terá de inclui
Pág.Página 157
Página 0158:
1766-(158) II SÉRIE — NÚMERO 47 Assim, o Governo — qualquer governo — poderá imprimir
Pág.Página 158
Página 0159:
2 DE ABRIL dE 1986 1766-(159) Isso parece-me não ser correcto e, como referi inicialm
Pág.Página 159
Página 0160:
1766-(160) II SÉRIE — NÚMERO 47 instituições — e não estou a falar do tipo A, do tipo
Pág.Página 160
Página 0161:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(161) experiência, mais duas ou três, em ambiente diversifica
Pág.Página 161
Página 0162:
1766-(162) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. João Cravinho (PS): — Dá-me licença, Sr. Secret
Pág.Página 162
Página 0163:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(163) E de uma coisa temos a certeza: é que as responsabilida
Pág.Página 163
Página 0164:
1766-(164) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário de
Pág.Página 164
Página 0165:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(165) acabou por se arrancar com o primeiro grupo, estando
Pág.Página 165
Página 0166:
1766-(166) II SÉRIE — NÚMERO 47 nos quiseram saber o que é que se ia passar. As expli
Pág.Página 166
Página 0167:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(167) o preço da electricidade no valor x, tendo em atenção o
Pág.Página 167
Página 0168:
1766 (168) II SÉRIE — NÚMERO 47 80% dos seus activos são activos fixos e que, dos res
Pág.Página 168
Página 0169:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(169) outros sectores e do interesse em deixarem a outras ent
Pág.Página 169
Página 0170:
1766-(170) II SÉRIE — NÚMERO 47 Ora, estando a inflação a 14%, como se diz, e sendo e
Pág.Página 170
Página 0171:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(171) falando de outras. Tudo isto atinge mais de 30 milhões
Pág.Página 171
Página 0172:
1766-(172) II SÉRIE — NÚMERO 47 contos à EDP, não há nada no Orçamento que preveja a
Pág.Página 172
Página 0173:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(173) O Orador: — Sr. Presidente, quero fazer um ponto de ord
Pág.Página 173
Página 0174:
1766-(174) II SÉRIE — NÚMERO 47 O problema é muito mais complexo, os que estão envolv
Pág.Página 174
Página 0175:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(175) O Sr. Ministro da Indústria e Comércio: — Estou aqui a
Pág.Página 175
Página 0176:
1766-(176) II SÉRIE — NÚMERO 47 para 1986, o Governo optou por privilegiar alguns sec
Pág.Página 176
Página 0177:
2 OE ABRIL DE 1986 1766-(177) Reconheço que, em termos do Serviço Nacional de Bombeir
Pág.Página 177
Página 0178:
1766-(178) II SÉRIE — NÚMERO 47 Sr.. Ministro, se for possível, dê-nos um mapa esclar
Pág.Página 178
Página 0179:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(179) verba que passa para os 16 050 000 contos não faz mais
Pág.Página 179
Página 0180:
1766-(180) II SÉRIE - NÚMERO 47 mento — não vou pedir muito dinheiro, pois não seria
Pág.Página 180
Página 0181:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(181) Pelos orçamentos e pelas consultas que temos feito, um
Pág.Página 181
Página 0182:
1766-(182) II SÉRIE — NÚMERO 47 No que respeita às outras despesas, houve, de facto,
Pág.Página 182
Página 0183:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(183) As verbas destinadas a investimento e equipamento baixa
Pág.Página 183
Página 0184:
1766-(184) II SÉRIE — NÚMERO 47 A Sr.a Helena Torres Marques (PS): — Creio que hoje é
Pág.Página 184
Página 0185:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(185) É um assunto que espero bem que seja tratado pelo Minis
Pág.Página 185
Página 0186:
1766-(186) II SÉRIE — NÚMERO 47 Agora a rubrica de pessoal, como tem um elemento obje
Pág.Página 186
Página 0187:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(187) extremamente interessante, dessa problemática, já que e
Pág.Página 187
Página 0188:
1766-(188) II SÉRIE — NÚMERO 47 (infracções tributárias), que incide numa questão que
Pág.Página 188
Página 0189:
2 DE ABRIL DE 1986 2766-(189) Gostaria de saber se o Sr. Ministro tem possibilidade d
Pág.Página 189
Página 0190:
1766-(190) II SÉRIE — NÚMERO 47 de alunos relativamente a universidades do Porto, tem
Pág.Página 190
Página 0191:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(191) refere apenas ao ano de 1986 ou engloba ainda o 1.° sem
Pág.Página 191
Página 0192:
1766-(192) II SÉRIE — NÚMERO 47 Portanto, a primeira questão que fica colocada é a qu
Pág.Página 192
Página 0193:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(193) maior procura para a efectivação. Isto tem logicamente
Pág.Página 193
Página 0194:
1766-(194) II SÉRIE — NÚMERO 47 Pergunto ao Sr. Ministro se, em sua opinião, lhe pare
Pág.Página 194
Página 0195:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(195) No que diz respeito ao ensino superior — esta é, talvez
Pág.Página 195
Página 0196:
1766-(196) II SÉRIE — NÚMERO 47 tema andasse mais depressa e que tivesse mais meios a
Pág.Página 196
Página 0197:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(197) tigação no domínio das ciências da educação possam ser
Pág.Página 197
Página 0198:
1766-(198) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Jorge Lemos, talvez
Pág.Página 198
Página 0199:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(199) estudantes universitarios — ai é que as desigualdades s
Pág.Página 199
Página 0200:
1766-(200) II SÉRIE — NÚMERO 47 tos deste ano atingir os 100%. Como referi, já estão
Pág.Página 200
Página 0201:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(201) O Orador: — Sr. Deputado, peço imensa desculpa, mas pen
Pág.Página 201
Página 0202:
1766-(202) II SÉRIE — NÚMERO 47 sam ser todos esclarecidos, ou se pretendem fixar uma
Pág.Página 202
Página 0203:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(203) Do nosso ponto de vista, e pensamos em termos de uma le
Pág.Página 203
Página 0204:
1766-(204) II SÉRIE — NÚMERO 47 tos. Digamos que reconheceríamos que, por muito mais
Pág.Página 204
Página 0205:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(205) O Sr. Rogério Moreira (PCP): — Sr. Ministro, Sr. Secret
Pág.Página 205
Página 0206:
1766-(206) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presídeme: — Tem a palavra o Sr. Deputado João
Pág.Página 206
Página 0207:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(207) Já foi aqui referido pelo meu colega Rogério Moreira a
Pág.Página 207
Página 0208:
1766-(208) II SÉRIE — NÚMERO 47 Efectivamente, foi uma inscrição que o serviço de acç
Pág.Página 208
Página 0209:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(209) investigadores que não estejam integrados em centros. A
Pág.Página 209
Página 0210:
1766-(210) II SÉRIE — NÚMERO 47 Deresto, o alargamento de quadros foi feito em termos
Pág.Página 210
Página 0211:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(211) O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Agosti
Pág.Página 211
Página 0212:
1766-(212) II SÉRIE — NÚMERO 47 rápida. Tem lido um ritmo de expansão que talvez não
Pág.Página 212
Página 0213:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(113) Mas, quero colocar duas questões, tendo uma a ver com p
Pág.Página 213
Página 0214:
1766-(214) II SÉRIE — NÚMERO 47 sível de resultados aplaudíveis com as verbas que lhe
Pág.Página 214
Página 0215:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(215) Mais me preocupa ainda o que se passa com a Direcção-Ge
Pág.Página 215
Página 0216:
1766-(216) II SÉRIE — NÚMERO 47 Embora, a todo o tempo, tenhamos de conhecer os crité
Pág.Página 216
Página 0217:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(217) cargo a produção de restauros fundamentais na talha dou
Pág.Página 217
Página 0218:
1766-(218) II SÉRIE — NÚMERO 47 O Sr. Presidente: — Como lhe digo, Sr. Deputado, foi
Pág.Página 218
Página 0219:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(219) Por exemplo, hoje não se lêem Os Maias, de Eça de Queir
Pág.Página 219
Página 0220:
1766-(220) II SÉRIE — NÚMERO 47 A Sr.3 Secretária de Estado da Cultura (Maria Teresa
Pág.Página 220
Página 0222:
1766-(222) II SÉRIE — NÚMERO 47 Quanto aos instrumentos existem 20 000 contos inscrit
Pág.Página 222
Página 0223:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(223) operações de transferência, que incluem, por um lado, a
Pág.Página 223
Página 0224:
1766-(224) II SÉRIE — NÚMERO 47 Em relação ao edifício, também me parece prematuro ne
Pág.Página 224
Página 0225:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(225) Todavia, considero-a uma verba relevante no âmbito da D
Pág.Página 225
Página 0226:
1766-(226) II SÉRIE — NÚMERO 47 O terceiro apontamento — agradeço que a Sr.a Secretár
Pág.Página 226
Página 0227:
2 DE ABRIL DE 1986 1766-(227) — incluindo o circo—, mas penso que o circo é um proble
Pág.Página 227
Página 0228:
1766-(228) II SÉRIE — NÚMERO 47 que acontece, por exemplo, no Museu da Ciência em Ing
Pág.Página 228