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II SÉRIE — NÚMERO 60

Em 11 de Julho de 1986 — Anselmo Costa da Cunha; Em 11 de Julho de 1986 — Carlos Manuel Eiras Fernandes;

Em 11 de Julho de 1986 — Carlos Manuel Vaz Alves; Em 11 de Julho de 1986 — Francisco José André Lima; Em 11 de Julho de 1986—Francisco José Dias Esteves; Em 11 de Julho de 1986 — Francisco José Pires V. Carvalho;

Em 11 de Julho de 1986 — Luís Miguel Moreira Chanoca;

Em 11 de Julho de 1986 — Maria Isabel Ferreira de Sousa;

Em 14 de Julho de 1986 — António Fernando Pires L. Costa;

Em 14 de Julho de 1986 — Rosa Maria Abreu R. Ferreira;

Em 15 de Julho de 1986 — Rui Manuel da Silva Machado.

À data de 20 de Agosto, imediatamente depois de alguns encarregados de educação daqueles alunos terem recebido um postal a solicitar a comparência na Escola, foi-lhes dito que «teriam de mudar de área vocacional ou mudar de estabelecimento porque a turma de Desporto não iria funcionar devido ao facto de não reunir os 26 alunos exigidos pelo Secretário de Estado».

Nessa mesma data os encarregados de educação dos alunos em causa, recorreram ao Sr. Ministro da Educação, expondo a situação e pedindo que aquela alegada decisão fosse revista.

Diziam então, dirigindo-se ao Sr. Ministro:

Como V. Ex.a muito bem sabe, é extremamente difícil a um jovem fazer uma opção ao chegar ao 9.° ano. Foi pois, após muita ponderação e de acordo com alguma vocação e com as áreas que sempre funcionaram na Escola desta vila, que os nossos filhos optaram pela disciplina de Desporto. A ela se adaptaram perfeitamente e começaram então a fazer projectos de um futuro ingresso no Instituto Superior de Educação Física.

Prosseguindo perguntavam:

Que farão agora esses jovens? Mudar para a área de Jornalismo quando não têm qualquer vocação para as letras? Para Administração e Comércio, Artes dos Tecidos ou Construção Civil, áreas tão opostas ao que escolheram? Optar pela formação de saúde, pertencente à mesma área, o que até lhes possibilitaria o acesso ao curso do ISEF? — Mas numa vila como a nossa onde iriam adquirir o treino necessário para obterem aprovação nas provas físicas, condição indispensável para uma candidatura a esse curso superior? E que futuro teriam em medicina; como seria possível obterem média para esse curso, alunos que para tal não têm vocação?

E, continuavam, dizendo:

Todos nós somos modestos trabalhadores, e para mandarmos os nossos filhos estudar para outra localidade, já, a nível secundário, seríamos obrigados a grandes sacrifícios, o que não consideramos justo!

Só em transporte, quer para a Póvoa de Varzim, quer para Barcelos «(?)» onde se situam as escolas mais próximas com a área de Desporto, teríamos uma despesa mensal entre 4000$ e 5000$. Não falando no rendi-

mento escolar que forçosamente iria baixar, visto os alunos estarem sujeitos a horários de camionetas que os obrigariam a perder várias horas por dia. Terminavam a exposição com as seguintes palavras: Sr. Ministro, a Escola de Esposende dá aos nossos filhos a possibilidade de passarem para as turmas de saúde, o que nos leva a pensar que, pelo menos, existem duas turmas com o número mínimo de alunos, para assim poderem comportar mais estes 15! Sabemos que as disciplinas de formação geral e de formação específica são comuns às duas formações e os alunos poderiam ter aulas em conjunto. Apenas para a formação vocacional haveria necessidade de professor próprio, o que também existe na Escola, onde, aliás, vai funcionar o 9.° ano e o 11.° ano de Desporto.

Excelência, a Escola Secundária de Esposende, ao contrário do que acontece com tantas outras por esse País fora, tem uma população escolar muito inferior à sua capacidade. Será que vai agora fechar as portas a estes alunos que já iniciaram a área no 9.° ano, certos de terem continuidade e de poderem estudar na sua terra?

Sr. Ministro, V. Ex.a foi estudante, compreende o estado de espírito dos nossos filhos. Como pai compreenderá também o nosso. Não é muito o que pedimos. Apenas que a exemplo do que tem acontecido em anos anteriores, com esta e outras áreas e até em outras escolas, o 10.° ano de Desporto funcione na Escola Secundária da nossa terra, sem a exigência de ter 26 alunos.

Podemos, desde já, informar que o conselho directivo da Escola Secundária de Esposende é favorável ao funcionamento do 10.° ano de Desporto nas condições presentes e que actuou firmemente, embora sem êxito, nesse sentido.

Em fins de Setembro e porque se aproximava a abertura do ano lectivo, foi pedida resposta àquela exposição feita em 20 de Agosto, tendo sido dado conhecimento nessa altura, pela Escola, aos alunos e encarregados de educação «de que em Saúde, onde existia uma turma com apenas dezoito alunos, fora aberta uma segunda turma para incluir os dezasseis pertencentes a Desporto».

Viram-se, assim, os alunos, no início do ano lectivo, «obrigados a frequentar uma formação vocacional diferente da pretendida mas pertencente à mesma área de estudos e como tal com disciplinas comuns», o que lhes reforçou a convicção de «que a situação fosse transitória pois não parecia existir» (a exemplo da área de Saúde) «uma razão válida para a recusar».

«Na segunda quinzena de Outubro, os alunos foram avisados por alguns professores de que chegara a tão desejada autorização».

«Dirigiram-se de imediato ao conselho directivo onde a vice-presidente os mandou elaborar uma lista com os nomes de todos os interessados. Lista que entregaram no mesmo dia, encontrando, então,» nessa altura, «já uma certa dificuldade, tendo sido informados de que» essa «adviria da necessidade de alterar horários e da vinda de um inspector o que levaria uma a duas semanas».

«Contactado por um encarregado de educação, o presidente do conselho directivo, desmentiu a informação dada aos alunos d...)» alegando «muita dificuldade em mudar os horários (de duas disciplinas apenas), prevendo que para tal seria necessário fechar a escola por uma semana, o que não seria desejável. Acabando mesmo por garantir que a autorização não viera nem viria.»

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