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II SÉRIE — NÚMERO 68

Do Ministério da Agricultura, Pescas c Alimcnlação ao requerimento n.9 1232/IV (2.*), da deputada Maria Samos (Indcp.), sobre a aplicação da Lei da Caça.

Do Ministério da Administração Inlcma ao requerimento n.° 1493/1V (2.«), do deputado Carlos Ganopa (]>RD), sobre uma agressão a jovens na Costa da Caparica.

Do Ministério do Plano e da Administração do Território ao requerimento n.° 1582/1V (2.'), do deputado Alvaro Brasileiro (CCP), acerca das iniciativas tomadas pelas populações com vista à despoluição do rio Alvicla.

Do Ministério da Administração Interna ao requerimento n.° 1594/IV (2.«), do deputado Cláudio Pcrchciro (l^P), solicitando o envio do mapa discriminado das aplicações da «Conta especial incêndios florestais — 1985».

Do Ministério do Plano c da Administração do Território ao requerimento n." 1613/1V (2.»), do deputado Rui Vieira (PS), pedindo o envio de publicações.

Do Ministério da Administração Interna ao requerimento n.* 1687/1V (2.*), dos deputados José Magalhães c António Osório (PCP), sobre a actuação da PSP aquando da recente invasão de campo no estádio do União da Guarda.

Da Secretaria de P.siado da Integração Kuropcia ao requerimento n.° I705/IV (2.'), da deputada Cristina Albuquerque (PRD), sobre negociações com os países da bacia mediterrânica.

Do Gabinete do Secretário de listado Adjunto ao requerimento n." 1903/1V (2.*), do deputado José Magalhães (PCP), pedindo o envio de uma publicação (discurso).

Do Ministério das Finanças ao requerimento n." 19I1/IV (2.*), do deputado Gomes dc Pinho (CDS), sobre a situação cm que se encontram os funcionários do extinto Grémio da l-avoura do Planalto dc Manica c Sofala, Moçambique.

Da Secretaria de F.slado das Comunidades Portuguesas aos requerimentos n.» 1926/IV c 1927/IV (2.*), do deputado Magalhães Mota (PRD), pedindo o envio dc publicações.

PROJECTO DE LEI N.9 410/IV

ELEVAÇÃO A VILA DA FREGUESIA DA CARAPINHEIRA

As icrras da Carapinheira cedo foram povoadas. Atestam o facto as localidades dc Bandurrcira c as vilas pré-nacionais dc Lavariz c Alhasiro.

Bandurrcira, no apclalivo originário, deriva dc Banda Rcdicus, divindade lusiuino-romana, c Lavariz foi a Villa Locrici dc Lcodcricus.

Mas, na origem do desenvolvimento da Carapinheira eslá a vila dc Olcasiro, que ainda hoje sc encontra à cabeça dc todas as povoações que constituem a freguesia, com a dcsignaçüo dc Alhastro.

Olcasiro rcsulia dc oleastrum, planta da família das oleaginosas Olea europea oleasier, variedade dc oliveira abundante na região.

Efectivamente, a vila dc Olcasiro pertenceu a Rodrigues Abulmundar Moçárabc, que no ano dc 954 da era crista a doou ao abade Tcodorico, do Mosteiro do Lorvão, conforme reza o seu tcsiamcnto. D. Sisnando, grande senhor dc Tentúgal c conde dc Coimbra, veio a herdar esta vila que mais tarde, já cm 1034, Gonçalo Trastamircs conquistou aos Árabes, agora com a dcsignaçüo dc Albiasicr.

Porem, só cm 1064 Fernando Magno a coloca definitivamente nas mãos dos cristãos, passando então a cha-mar-sc Olastro c mais tarde Olcaslrclo c, por fim, Alhasiro.

Tal foi o seu desenvolvimento que D. Afonso III, cm 26 dc Setembro dc 1265, lhe concedeu foral cm parceria com a Póvoa dc Santa Cristina. Já cm 22 dc Abril dc 1288 o Alhasiro foi doado ao Mosteiro dc Santa Cruz.

Porém, cm redor do Alhasiro foram-sc desenvolvendo muitos casais e quintas na Idade Media, constituindo a paróquia dc São Miguel dc Montemor.

Ào mesmo tempo c à sombra da Ordem de Mulla, a norte, cresceu c prosperou a paróquia dc Ribeira dc Moi-

nhos, sufragánca da dc São Miguel, que por volla dc 1614 obteve a sua independência c tinha igreja junto à Quinta da Ordem dc Malta, sob a protecção dc São Paio dc Coimbra.

Mas, porque a ocupação das terras para o sul fosse uma constante c a população aumentasse com a exploração dos campos do Mondego, a freguesia dc São Miguel foi desmembrada c fundada a nova freguesia dc Carapinheira, assim chamada por ter sido levantada naquele local, por ser central o novo templo para o culto. Nascia assim a Carapinheira, que englobou a antiga vila dc Olcasiro c a paróquia da Ribeira dc Moinhos.

Em 1720 conslruiu-sc a igreja da Carapinheira, que ainda hoje existe, cm louvor a Santa Susana, sendo o maior templo cristão do concelho dc Montcmor-o-Velho. É um templo dc traça neoclássica elegante, que tem no seu interior uma capela abobadada do século xvii. E ornada de muitas imagens valiosas, dislinguindo-sc cnirc outras Santa Ana do século xv ca célebre imagem dc roca dc Nossa Senhora das Dores do século xvm muito venerada.

Em 1758 o P.c Luís Cardoso designava a freguesia como «a grande freguesia dc Carapinheira» no seu dicionário geográfico dc Portugal, pois contava nessa época com 385 fogos c 1088 habitantes.

Até 1759 a Carapinheira foi senhorio dos duques dc Aveiro, mas, porque os bens dcsia família foram confiscados nesse ano, passou para a Coroa aié 1834, sendo seus donaiários os duques dc Cadaval.

Em 1789 real izaram-sc as primeiras festas cm honra dc Nossa Senhora das Dores, que ainda hoje perduram com tanto brilho, constituindo também a maior manifestação dc fé religiosa do Baixo Mondego.

A 26 dc Junho dc 1808 a população da Carapinheira mobilizou-se c soube bater-sc ao lado dc Académico Zagalo, que comandava o 1.9 Batalhão Académico, desalojando os franceses do Forte dc Santa Catarina da Figueira da Foz.

A 26 dc Maio dc 1852 a Carapinheira é visitada pela rainha D. Maria II, que, dcslocando-sc com o seu séquito cm direcção à Figueira da Foz, aqui fez paragem c foi recebida com muilas festas c honrarias.

Mas a Carapinheira actual é uma freguesia cm franco desenvolvimento.

Implantada precisamente a meia distância entre Coimbra c Figueira da Foz, numa encosta suave c soalheira, a noric da estrada nacional n.w 111, tem a seus pés os mais férteis campos do Mondego.

O «campo da Carapinheira», como é conhecido cm lodo o Baixo Mondego, produz mais dc 5000 t. dc arroz, para além dc milho, irigo c aié tabaco.

No monte produz vinho c azeite c os mimos, cm terrenos dc ribeira, que os Carapinhcircnscs iralam com desvelo c dedicação, começando agora a produção cm estufa a dar os primeiros passos.

A par dc uma actividade agrícola imensa já mecanizada, também a criação dc gado para engorda c a produção dc Icilc c dc ovinos são factores importantes dc desenvolvimento.

Além dc sede do concelho, é a maior freguesia, que nesta data dispõe dc plano ordenador dc urbanização.

Na verdade, lendo cm conta a importância c o desenvolvimento da Carapinheira, a antiga Dirccção-Gcral do Planeamento Urbanístico, hoje Dirccçüo-Gcral do Ordenamento Territorial, já há dez anos considerou a freguesia da Carapinheira centro fulcral dc toda a área concelhia, conferindo-lhe, por 'ss0> estatuto especial c doiando-a dc um plano dc urbanização que tem controlado o seu crescimento.

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