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II SÉRIE-A — NÚMERO 16

com a construção do Bairro Novo. Outros benefícios chegaram à vila: a energia eléctrica, o mercado municipal, o serviço de abastecimento de água e a publicação de novos jornais — O Seixalense, Voz do Seixal, O Seixal e Tribuna do Povo.

Com a entrada da segunda metade do século xx iniciam-se profundas alterações, decorrentes da construção urbana intensiva ocupando as antigas quintas. A partir da Revolução de 25 de Abril de 1974 verificaram-se mudanças qualitativas com a resolução dos problemas básicos: construção de escolas; recuperação de imóveis degradados; arranjo de jardins públicos; construção de um centro de dia para a terceira idade, recuperação c valorização do património cultural (aquisição do palacete da Quinta da Trindade, edifício classificado de interesse público, para a instalação do Ecomuseu Municipal); recuperação de embarcações tradicionais do Tejo (bole de fragata e falua) e do estaleiro naval tradicional de Arrentela (núcleo museológico); foi erguido o «Monumento ao 25 de Abril»; procedeu-se ao arruamento e a marginal foi melhorada. Existem hoje sinais de mudança e progresso próprios de um centro urbano histórico e moderno com potencialidades para dar resposta às necessidades da sociedade contemporânea, onde o passado e o presente se encontram sem se destruírem.

O Seixal constitui hoje o principal núcleo histórico do concelho que, com os restantes centros urbanos da Arrentela e Amora, forma um todo que garante a identidade de um município ribeirinho que viveu sempre unido pelo «rio do Seixal».

2) Razões de ordem geográfica, demográfica, social e económica

A vila do Seixal e localidades vizinhas constituem um contínuo urbano bem expressivo, com origem nas povoações ribeirinhas e no papel que a própria vila desempenha como centro administrativo. Embora com uma localização excêntrica relativamente ao território do concelho, a vila do Seixal concentra na sua área urbana um conjunto de equipamentos administrativos (câmara municipal, tribunal, finanças, notário, etc.) que, dada a sua importância, lhe acentua o carácter polarizador de actividades e o cariz urbano que agora se pretende realçar com a elevação a cidade.

Deste modo, a fixação da população ao longo da encosta que remata a baía do Seixal tem-se verificado a um ritmo bastante acentuado dando origem a um processo de crescimento que é bem patente no quadro i, onde se indica a evolução (em números absolutos) da população e dos lugares que constituem a aglomeração do Seixal.

QUADRO I Evolução da população

 

i960

1970

1981

1989 (a)

 

Habitantes

Habitantes

Habitantes

Habitantes

 

4018

5 030

3 822

5 579

 

1505

2 377

2 624

7 030

 

1 283

2 545

6 767

9 645

 

-

1738

3 462

4 163

Totais............

6 806

11 690

16 675

26 417

(a) População estimada.

Tendo em conta que a população estimada para o concelho do Seixal, em 1989, era de cerca de 128 000 habitantes e representando a população desta aglomeração cerca de 21 % daquele total, podemos estimar a população da futura cidade do Seixal, naquela data, em cerca de 26 500 habitantes. Do mesmo modo, é possível, a partir da última actualização do recenseamento eleitoral por freguesias, estimar em 19 600 o número de eleitores da nova cidade agora proposta.

Para servir esta população a aglomeração do Seixal dispõe, dada a sua extensão, de um conjunto diversificado de equipamentos e serviços, que passam a enumerar-se:

6 farmácias;

Biblioteca municipal (em fase de conclusão); Corporação de bombeiros, estando prevista a

construção de um novo quartel; Museu municipal e o seu núcleo naval; 5 estabelecimentos de ensino pré-primário e

secundário;

7 estabelecimentos de ensino primário;

4 estabelecimentos de ensino preparatório e secundário;

11 carreiras de transporte público suburbanas e 1

urbana; 7 jardins públicos.

Para além destes equipamentos, dispõe ainda de:

1 centro de saúde e uma extensão deste e várias clínicas privadas;

2 instituições de apoio a idosos (centros de dia);

2 estações dos CTT;

3 agências bancárias;

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo;

4 mercados;

1 posto da PSP;

1 posto da GNR;

13 colectividades de cultura e recreio/clubes desportivos;

2 campos de grandes jogos;

3 pavilhões gimnodesportivos;

Piscina municipal, estando previsto um complexo de piscinas municipais com piscina olímpica;

5 lugares de culto; 2 cemitérios.

Dispõe ainda de vários serviços administrativos, a saber: câmara municipal; tribunal; repartição de finanças; registo predial; registo civil; notário; Junta de Freguesia do Seixal e da Arrentela.

Se bem que os serviços administrativos tenham um peso importante na vida desta futura cidade, também podemos encontrar um tecido industrial significativo situado junto da vila, quer em unidades fabris — como a Wicander— quer em estaleiros de reparação naval ou ainda numa das maiores empresas de construção civil da região, a «A. Silva e Silva».

As actividades do sector terciário concentram-se, fundamentalmente, no eixo Arrentela-Torre da Marinha--Casal do Marco, onde se perspectiva, aliás, a localização do futuro hipermercado da margem sul. A construção deste centro comercial poderá constituir um factor de desenvolvimento para esta zona.

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