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0295 | II Série A - Número 016 | 31 de Janeiro de 2000

 

Lomba, Lomba d`Égua, Maxieira, Moimento, Moitas, Moita Redonda, Montelo, Ortiga, Pederneira, Pedreira, Poço do Soudo, Ramila, Vale de Cavalos, Vale Porto e Valinho de Fátima.
7. Do ponto de vista económico, nos primórdios, Fátima vivia de uma agricultura de subsistência, com as culturas lavradas num solo pobre, composto de rocha e calcário, da pastorícia e da criação de gado, para consumo doméstico.
Seriam três crianças ligadas a esta última actividade que iriam mudar o curso económico de Fátima. Com as aparições de 1917 e o consequente acréscimo de população e de visitantes, a actividade comercial desenvolveu-se acentuadamente, começando pelas barracas de madeira ao longo da estrada principal onde se vendiam comidas, bebidas e artigos variados a todos quantos visitavam o Santuário.
Pela consulta de um pequeno inquérito realizado em Outubro de 1948, pode-se afirmar que, na altura, existiam sete pensões, oito casas de pasto, seis mercearias, duas lojas de fazenda, uma fábrica de serração, uma oficina de bicicletas e uma oficina de reparação de automóveis, para além de 50 estabelecimentos comerciais.
Hoje, Fátima possui uma significativa capacidade hoteleira, com uma oferta de mais de 10 000 camas que a torna uma das maiores do país. Nos dias 12 e 13 de cada mês, a partir de Maio, a capacidade de resposta aos peregrinos torna-se por vezes insuficiente, levando-os a procurar hotéis de zonas limítrofes.
Quanto aos restantes sectores, Fátima constitui o maior centro de comércio a retalho do concelho de Ourém, sendo de salientar a sua pujança em: Armazéns de materiais de construção; Artesanato religioso; Agências de viagem (sete); Cabeleireiros; Cafés; Casas de Móveis; Casas de pasto; Casas de electrodomésticos e de equipamento informático; Escolas de condução; Estalagens; Fotógrafos; Hotéis; Imobiliárias; Livrarias e Papelarias; Lojas de artigo religiosos e regionais; Lojas de brinquedos; Lojas de fazenda; Malhas; Ocupações de Tempos Livres; Oficinas de automóveis; Ourivesarias; Padarias; Pastelarias; Pensões; Postos de abastecimento de combustíveis; Pronto a vestir; Restaurantes; Sapatarias; Seguradoras (doze); Serrações de madeiras; Serrações de mármores; Serralharias, Táxis; Postos de turismo; Centros de inspecções de automóveis.
Existem inúmeras e fortes associações profissionais como a Associação de Hoteleiros de Fátima, a Cooperativa de Olivicultores, a ASSOCIDAIRE - Maxieira e Casal Farto - e a Associação de Apicultores.
Por tudo isto, a freguesia de Fátima ocupa o primeiro lugar nas taxas de desenvolvimento das várias freguesias do concelho de Vila Nova de Ourém, com cerca de 1174 de empresas em nome individual e de 219 sociedades comerciais, detendo as duas maiores empresas ligadas à restauração e serviços do actual concelho - a J. Justino das Neves, S.A e a Petroibérica S.A., e a segunda e terceira empresas ao nível da indústria extractiva e transformadora - a Lenobetão e a Intertelha.
É indiscutível que a força económica de Fátima excede, em muito, a que tradicionalmente podia conceber-se para uma freguesia. Muitos concelhos portugueses não têm essa pujança que caracteriza Fátima.
8. Com a explosão demográfica ocorrida após as aparições de Fátima, o sistema de saúde da região foi ganhando paulatinamente uma efectividade que não possuía. Em 1967, aparece a primeira clínica com capacidade para 30 pessoas. No entanto, tal infra-estrutura manifestou-se insuficiente, sendo necessário um reforço do equipamento do Hospital do Santuário para a realização de intervenções cirúrgicas.
Para além deste Hospital, dispõe ainda de serviços médicos particulares de clínica geral e de especialidades tão diversas como a odontologia e a oftalmologia, para além de várias farmácias.
Ainda no campo da saúde e da assistência social, Fátima e os lugares da sua freguesia dispõe ainda de um dispensário médico na Casa das Irmãs de São Vicente de Paula, que presta também apoio materno-infantil; um Centro de Saúde com serviços de clínica geral e vacinação, com cinco médicos e quatro enfermeiros; o consultório médico de Fátima com serviços de pediatria, psiquiatria, ginecologia, análises e cardiologia; o centro Nacional de apoio a Deficientes Profundos ( Santa Casa da Misericórdia João Paulo II), um empreendimento da responsabilidade directa da União das Misericórdias Portuguesas destinado a acolher deficientes profundos. Este estabelecimento tem capacidade para 450 internados em regime de lar e de hospital, incluindo instalações para a comunidade de irmãs que tomam conta dos serviços, e para outro pessoal assalariado e voluntário. O conjunto de todo o edifício cobre uma área de 14.700 m2; diversas casas de acolhimento para a terceira idade, deficientes do sexo feminino e crianças abandonadas, das quais se destacam a Casa do Bom Samaritano, o Centro de Dia da Freguesia de Fátima-Boleiros e a Creche de Nossa Senhora da Purificação.
Todas estas infra-estruturas tornam Fátima também nesta área da saúde e assistência social, uma região auto-suficiente e desenvolvida.
9. Como muitas cidades do país, Fátima durante muitos anos debateu-se com a tradicional falta de meios de promoção sócio-cultural, com a dificuldade de contactar com novas realidades, resultante de acessibilidades deficientes e alguma resistência ao nível da mentalidade às questões culturais. Por essa altura apenas os jogos populares e grupos de folclore demonstravam maior interesse cultural na região.
A melhoria das condições de vida, das acessibilidades e dos contactos com as populações, a constante dinamização do clero, claro, os fluxos de visitantes, peregrinos e estudantes, permitiram uma inquestionável evolução cultural na região.
Também nesta área é notória a especificidade de Fátima, resultante da sua vertente religiosa. Quantas cidades do país tiveram o privilégio de ser visitadas por tantos e tão renomados artistas, escultores, pintores, cinzeladores, ourives, vitralistas e arquitectos, nacionais e estrangeiros que, fascinados pela história, tradição, monumentalidade e espiritualidade de Fátima, não resistiram a procurar inspiração na região.
Entre os monumentos, pela sua volumetria e impacte arquitectónico, cumpre destacar o Centro Pastoral Paulo VI, situado entre as Avenidas de D. José Alves Correia da Silva e Papa João XXIII, construído em homenagem àquele Sumo Pontífice, pela sua peregrinação em 13 de Maio de 1967, presidindo às Comemorações do Cinquentenário das Aparições. Um edifício de quatro pisos correspondentes a uma área coberta de 14.000 m2, projectado pelo arquitecto Carlos Loureiro e frequentemente utilizado para a realização de encontros, reuniões, congressos e dos mais variados

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