O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0070 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004

 

as dúvidas e comprovadas as teorias, que desde o cronista Fernão Lopes, a tantos outros historiadores até ao eminente medievalista Salvador Dias Arnaut, sustentavam esta data.
A Batalha de Trancoso foi uma das mais importantes, travadas na Guerra da Sucessão na crise de 1383-1385 que se seguiu à morte do Rei D. Fernando I.
Na sequência das Cortes de Coimbra em Abril de 1385, que proclamara D. João I Rei de Portugal, D. João, Rei de Castela, invadiu Portugal, fazendo entrar parte de seu exército com o objectivo de cercar Lisboa e outra parte numa manobra de diversão, entrou por Viseu, aproveitando o facto de o exército português estar no norte do País.
Os castelhanos foram completamente derrotados em Trancoso, sendo os portugueses capitaneados pelo Alcaide de Trancoso, Gonçalo Vasques Coutinho, pai do célebre Magriço, com a ajuda de outros alcaides de importantes praças da Beira.
Ao todo estiveram envolvidos na batalha de Trancoso mais de 5000 homens de armas.
O desfecho da batalha de Trancoso fez voltar atrás o grosso exército Castelhano, o que permitiu que o exército português pudesse recuperar e esperar os castelhanos em Aljubarrota.
Por proposta do Exército português e da Fundação Batalha de Aljubarrota, com o parecer do IPPAR, foi classificado como Monumento Nacional o Planalto da Batalha de Trancoso, por decreto do corrente ano, o que evidencia a importância histórica deste notável e épico combate em Trancoso.

9.5 - Gonçalo Anes Bandarra:
Escreveu Fernando Pessoa:

"Sonhava, anónimo e disperso
O Império por deus mesmo visto,
Confuso como o Universo
E Plebeu como Jesus Cristo.

Não foi Santo nem Herói,
Mas Deus sagrou com seu sinal
Este, cujo coração foi
Não português mas Portugal."

A Mensagem.
De seu nome Gonçalo Anes, Bandarra por alcunha, terá nascido em Trancoso nos inícios do século XVI, ou mesmo em 1500.
Da fama deste Nostradamus português possuímos uma gravura do século XVII publicada na 1.ª edição de 1603 das Trovas, levadas ao prelo por D. João de Castro.
Conhece-se a assinatura do Profeta nos autos do Santo Ofício e por esta finada instituição de martírio, todos os passos do sapateiro e profeta entre 1538 e 1541.
Bandarra faleceu em Trancoso, onde foi sepultado, estando o seu túmulo na Igreja de S. Pedro em Trancoso.
Crítico de Costumes, poeta, profeta, Bandarra foi lido, temido e perseguido pela Inquisição.
Bandarra profetizou em termos bíblicos o Quinto Império, interpretado e comentado pelo Padre António Vieira e Fernando Pessoa.
O Padre António Vieira viria a escrever: "Bandarra foi verdadeiro profeta, pois profetizou e escreveu tantos anos antes tantas cousas, tão exactas, tão miúdas e tão particulares, que vemos todos cumpridas com os nossos olhos".
Uma dessas profecias diz respeito ao próprio, judiciosa e relevante:

"Em dois sítios me achareis,
Por desgraça, ou por ventura:
Os ossos na sepultura,
A alma, nestes papéis."

Bandarra chegou a prever que D. João ou "D. Fuan", será esse "novo rei alevantado", aclamado em finais dos "anos quarenta". De facto, D. João IV seria aclamado em 1640, com coroação no Terreiro do Paço. Nessa época o retrato de Bandarra foi então exposto na Sé de Lisboa.

Páginas Relacionadas
Página 0054:
0054 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004   - Grupo Coral S. Mi
Pág.Página 54
Página 0055:
0055 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004   A nível demográfico
Pág.Página 55
Página 0056:
0056 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004   Em Vila Franca das
Pág.Página 56
Página 0057:
0057 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004   Nestes termos, e no
Pág.Página 57