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0008 | II Série A - Número 022 | 07 de Dezembro de 2004

 

diminuir o peso dos alojamentos ocupados e a aplicação das poupanças dos emigrantes em bens imobiliários é determinante para justificar os acréscimos no quantitativo total de fogos.
Na década de 80, estima-se que o número total de alojamentos no concelho sofreu, pois, um ligeiro acréscimo: nesse período censitário, o seu valor absoluto foi de 1328 unidades, correspondendo a uma variação percentual de 9.08%. O comportamento observado na variação dos alojamentos, quando comparado com o decréscimo demográfico registado no mesmo período (-14.09%) faz admitir que continuou nos últimos tempos a intensificação das operações das poupanças dos emigrantes em bens imobiliários. É que, a um êxodo mais ou menos intenso, corresponde alguns anos mais tarde a um recurso significativo à construção de residência própria. Noutra óptica, esse valor revela ainda a importância do sector de construção civil no concelho. Segundo informação do INE, "oficialmente", 7,11% da população activa trabalha no sector da construção.
Quanto à caracterização das infra-estruturas básicas que servem os aglomerados do concelho, em termos da sua cobertura, tem-se:
- a rede eléctrica abrange quase a totalidade do concelho: cerca de 87% dos fogos e das famílias utiliza essa infra-estrutura;
- a cobertura domiciliária de água oferece ainda uma maior extensão: 98% dos alojamentos tem água canalizada;
- finalmente, a percentagem da população servida por recolha de resíduos sólidos urbanos é de 95%, sendo a recolha selectiva apenas, potencialmente "utilizada", por 40% dos munícipes.

2. Sabugal - Das origens à actualidade.

A vila do Sabugal é sede de concelho do distrito da Guarda e detentora dum passado histórico riquíssimo no contexto do território do vale superior do rio Côa. A actual povoação estende-se a partir dum promontório contornado pelo. curso superior do rio Côa, onde se circunscrevem os testemunhos mais antigos das origens do povoamento local. Terá sido a existência de sabugueiros ao longo do curso de água que lhe terá proporcionado o nome.
Graças à sua implantação topográfica e à riqueza hídrica das terras envolventes, a ocupação humana do esporão natural ocorre desde épocas remotas. No topo deste pequeno relevo, no comando da melhor passagem do grande curso do rio Côa, construíram as comunidades da Idade do Cobre um povoado, cujos vestígios - cerâmica decorada, pesos de tear, um machado plano de cobre e instrumentos de pedra lascada, comprovam a sua importância. A ocupação terá sido contínua pelo II e I milénio a.C., como o testemunham outros artefactos e estruturas arqueológicas. Neste local ter-se-ão sucedido diversas populações e construções castrejas até à chegada dos romanos ao território da Beira Interior.
Existem na vila diversos vestígios da presença desta civilização: três inscrições funerárias e votivas, cantaria almofadada, fustes de coluna, cerâmica de construção e moedas. Não sabemos que importância deteve o povoado nesta altura, mas terá sido certamente um importante entreposto colocado na importante via romana que ligava as planícies da actual Beira Baixa com o Meseta.
Da passagem de outros povos e civilizações por este lugar não temos ainda atestada qualquer evidência.
As primeiras referências escritas ao local surgem com a reconquista cristã de Afonso Henriques, que terá chegado até estas terras semi-abandonadas ou ocupadas pelas gentes que coexistiram com a ocupação árabe. Mais tarde, o seu esforço militar foi inglório, sendo esta região tomada pelo reino de Leão. Foram estes monarcas a promoverem a fundação da actual Vila, já nos finais do séc. XII.
Mas Ribacôa não foi esquecida pelos monarcas portugueses e D. Dinis acentuou esta preocupação com o retomar destas terras pela força. Já em Novembro de 1296, o rei confirma os foros leoneses do Sabugal e autoriza a feira franca já então existente, promovendo com estas medidas a reanimação económica e administrativa da região.
D. Dinis oficializa a integração destas terras no território nacional, em Setembro de 1297, através do Tratado de Alcanizes entre os reis de Portugal e de Leão. E se a vila marcava o limite entre leoneses e portuguesas, passa agora a deter a fronteira a mais de 30 km de distância para nascente. Mesmo assim, e para prevenir qualquer nova eventual investida leonesa, a vila é coroada então com um castelo e uma imponente torre de menagem de cinco quinas. O castelo ganha agora importância e relevo em toda cabeça da região.

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