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12 | II Série A - Número: 113 | 12 de Junho de 2008

Bonifácio de Andrade e Silva a função de semear e plantar os areais da costa. Mas as sementeiras foram, na sua maioria, destruídas pelo patrulhamento das tropas de Junot, pela costa, aquando das Invasões francesas.
Apenas em 1906 foram, finalmente, semeados os terrenos desta zona até à costa de Lavos, devido ao processo de repovoamento florestal que, na ocasião, estava a ser levado a cabo por todo o País. Assim, foi devido às sementeiras que as dunas movediças ficaram adormecidas. Se assim não tivesse ocorrido armazéns e regalheiras já estariam submersos.
São vivas e contrastantes as cores que se pintam as riquezas naturais desta freguesia. O branco do sal da ilha da Morraceira, o verde dos pinhais e eucaliptais, o castanho da terra arável acabada de revolver, o azul e branco do mar espraiando-se sobre as areias da praia da costa de Lavos, o colorido dos barcos dos seus pescadores. Desta localidade foi considerável o número de homens do mar que partiram, um dia, para a dura faina da pesca do bacalhau nos mares do Atlântico Norte.
Guardou-se já na memória o som do ferro malhado na forja dos seus antigos ferreiros desta freguesia. Nos cantares e no trajar expressivo dos seus grupos folclóricos permanecem, no entanto, ecos e cores de tradições que o tempo não apaga nem desbota.

5 — Demografia

Segundo os Censos de 2001, a freguesia de Lavos possuía 4171 residentes e 3505 eleitores recenseados.
Numa análise percentual deste núcleo populacional cerca de 25% dos habitantes são crianças e jovens, correspondendo 52% à percentagem de adultos em idade activa. Relativamente aos idosos, representam aproximadamente 23% da população local.

6 — Património edificado

Em Santa Luzia, bem no coração da freguesia, a belíssima Igreja Paroquial (séc. XVIII) que acolhe Nossa Senhora da Conceição, orago da freguesia, recebe também as preces e louvores a Santa Luzia, de especial devoção no povoado. É talvez a igreja que mais sobressai dentre as congéneres paroquiais do concelho, sobretudo pela profusão de elementos decorativos.
Destaques: a pia baptismal em pedra de Ançã, do séc. XVI; sobre o arco-cruzeiro uma imagem, em madeira, de Santa Luzia, que acolhe e vigia os fiéis; o retábulo principal e colaterais, de estética rococó, em madeira dourada e marmoreada no séc. XVIII; a Capela da Confraria do Santíssimo Sacramento com a representação escultórica da Trindade, em calcário policromado, do séc. XVI; defronte, na Capela das Almas, uma imagem, de roca, da Pietá. Da capela-mor sobressai o bonito retábulo e uma Santa Escolástica colocada numa das edículas laterais. A padroeira está representada em tela, pintada por Pascoal Parente em 1789, colocada na parede lateral direita da nave. O tecto, com os seus 45 caixotões em madeira, é, sem dúvida, digno de destaque. Apesar de todos os caixotões apresentarem motivo diferente, apenas o do meio é figurativo, representando a padroeira. Por fim, referência ao órgão de talha dourada e marmoreada (séc. XVIII) no coro-alto. Esta igreja encontra-se em vias de classificação como imóvel de interesse público. Tem sido alvo de restauros e melhoramentos recentes, ao nível da fachada e do seu interior.

7 — Os equipamentos colectivos e de interesse público

Na povoação de Lavos está sedeada a Administração Regional de Saúde do Centro, Sub-região de Saúde de Coimbra.
Para além deste serviço público, podemos encontrar em Lavos diversos equipamentos colectivos, de entre os quais:

— O Centro de Dia e Lar de Nossa Senhora da Luz; — O Centro de Dia e ATL de Nossa Senhora da Conceição; — Sete lares e centros de apoio social; — Um jardim-de-infância; — A casa do povo; — Um consultório médico; — Um laboratório de análises clínicas; — Uma farmácia; — Quatro escolas pré-primárias; — Cinco EB1; — Uma estação dos CTT; — Igreja Matriz; — Capela de São Jorge; — Capela Nossa Senhora da Luz; — Museu do Sal.

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