O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 | II Série A - Número: 085 | 19 de Março de 2009

Vários vestígios da época da romanização foram referidos e identificados pelo Padre Aníbal Rodrigues, sobretudo pontes, na sua obra de 1985, Pontes romanas e românicas de Castro Laboreiro. Estudos mais recentes apontam para uma provável cronologia medieval (dentro do estilo românico), ou mesmo moderna, da maior parte desses vestígios.
Dos conturbados tempos da Alta Idade Média a informação também é parca. Será a partir da Baixa Idade Média que a história desta freguesia se intensifica. Deste período será o Castelo de Castro Laboreiro o monumento mais marcante. O castelo foi erguido no topo de um morro a sul da povoação da vila (lugar mais central de Castro Laboreiro e sede da freguesia) e, «(…) embora algumas referências documentais permitam sustentar que existiria um castelo anterior, a fortificação que actualmente aí se conserva data da segunda metade do século XIII, sendo a sua edificação geralmente atribuída ao Rei D. Dinis. À época do desenho de Duarte Darmas, um pequeno aglomerado habitacional implantava-se no exterior da fortaleza, na banda norte A igreja desenhada por Duarte Darmas também já não é a mesma (…). A actual igreja paroquial é reconstrução de época moderna, conservando apenas dos tempos medievais uma interessante pia baptismal com decoração insculturada de tradição românica» (fontes: 1998).
Castro Laboreiro foi sede de concelho entre 1271, com foral concedido por D. Afonso III em 1855. Teve, entretanto, novo foral concedido por D. Manuel I, em 1513. Da centúria do foral de D. Manuel I data, também, o pelourinho, um exemplar manuelino da segunda metade do século XVI, com inscrição que fornece a data de construção, a era e a localização. Este monumento foi desmontado em 1860, para se edificar a «Casa Grande» e os seus elementos foram distribuídos por várias casas do lugar, tendo sido reconstituído pelo Padre Aníbal Rodrigues em 1985.
Finda a posição de Castro Laboreiro como sede de concelho, em meados do século XIX, Castro Laboreiro passou a integrar o concelho de Melgaço.

III Aspectos demográficos

A população residente em Castro Laboreiro, de acordo com os últimos Censos (2001), apresenta uma população de 996 indivíduos, dos quais 448 são homens e 548 são mulheres. Este fenómeno é reflexo do fluxo migratório que foi mais marcante a partir da segunda metade do século XX. As condições precárias de vida, o clima rigoroso da montanha, a escassez de recursos financeiros, a ausência do Estado formavam o conjunto de motivações que impulsionaram os processos migratórios na década de 60. A diminuição da população na década de 80 e 90 terá resultado mais da taxa de mortalidade derivado ao envelhecimento da população do que com a saída de população. Não podemos esquecer que o fenómeno do envelhecimento da população é um fenómeno a nível europeu. O que mais sobressai, nestas circunstâncias, já não é a permanência da população na sua terra mas, sim, a relação que os castrejos fazem com Castro Laboreiro, depositando neste território as suas principais preocupações, o seu carinho e o interesse.
É de referir que muitas outras famílias, de outras zonas do País, possuem hoje em Castro Laboreiro habitação de fim-de-semana e de férias, as quais, conjuntamente com os turistas, ocupam as casas de turismo, determinando assim outro tipo de ocupação e de revitalização. Nos últimos tempos temos assistido à procura por parte de famílias vindas dos grandes centros urbanos de residência fixa na referida freguesia.

IV Situação socioeconómica, cultural e religiosa

Houve tempos em que as principais actividades económicas estavam ligadas a agricultura, pastorícia e a pecuária. Com o evoluir dos tempos surge nas últimas décadas uma actividade mais ligada à construção civil, comércio e serviços, designadamente as ligadas à restauração, alojamento e turismo.
Na agricultura predominavam os produtos hortícolas, batatas e os cereais, sendo o centeio o principal produto. A quantidade e qualidade de moinhos e fornos comunitários são a prova evidente de que a produção cerealífera teve muita importância nesta comunidade. Estas construções são, hoje, consideradas um legado histórico e etnográfico de grande interesse. A pecuária está centrada na criação de suínos, de gado vacum, ovino e caprino nas propriedades privadas e nos baldios existentes na freguesia. Com o incremento da criação

Páginas Relacionadas
Página 0015:
15 | II Série A - Número: 085 | 19 de Março de 2009 V — Contributos de entidades que se pro
Pág.Página 15
Página 0016:
16 | II Série A - Número: 085 | 19 de Março de 2009 disposições legais, assim como eventuai
Pág.Página 16
Página 0017:
17 | II Série A - Número: 085 | 19 de Março de 2009 2 — O PSOAT é um instrumento de program
Pág.Página 17
Página 0018:
18 | II Série A - Número: 085 | 19 de Março de 2009 b) Estabelecimento de ensino, infantári
Pág.Página 18